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Desconto - Pelo catálogo, preços caem pela metade

Pelo catálogo atual da Racco, quem comprar um kit da linha infantil (com preços entre R$ 19,90 e R$ 129,90) pode levar o jogo pagando mais R$ 9,90. No varejo, o mesmo produto é comercializado por cerca de R$ 20. "É um incentivo a mais para comprar o produto. Às vezes o cliente não pretendia levar um kit inteiro, mas acaba comprando para levar o jogo", diz uma promotora da Racco, Marlene Ochôa.

Marlene e a filha Lúcia, também promotora, acharam a promoção de Natal interessante. Mas elas não consideram adequado acrescentar no catálogo outros produtos além dos cosméticos. "O jogo tem a ver com brincadeira, tem a ver com Natal, é um atrativo", diz Lúcia.

O gerente de marketing da Racco, Anderson Portes, diz que o faturamento da empresa neste ano deve ser 60% maior do que no ano passado. "É normal que outras empresas como a Positivo vejam o nosso canal de comercialização com grandes olhos", avalia. (RF)

Você abre a porta de sua casa para aquela consultora de cosméticos que conhece há bastante tempo, pensando em comprar um hidratante ou um batom. E que tal adquirir também um produto que não vai fazer parte da sua nécessaire? Hoje isso é possível. Nos catálogos da Racco, empresa paranaense de cosméticos, há uma promoção de Natal na qual a cliente que adquirir alguns produtos pode levar um jogo educacional da Positivo Informática com desconto. A parceria, que vale apenas neste mês, é um teste para a Positivo conferir a força da comercialização porta a porta.

Se os resultados forem positivos, o grupo paranaense de informática poderá adotar o trabalho de consultoras para vender seus produtos. A Racco, que tem 350 mil consultoras espalhadas em todo o Brasil, é bastante cautelosa quanto a uma futura parceria. "Até agora o que fizemos foi apenas uma operação de compra. Adquirimos um certo número de softwares para uma promoção casada de Natal. Não houve nenhuma outra negociação", conta o gerente de marketing da Racco, Anderson Portes. Ele diz que um acordo desse tipo não está nos planos da empresa, por enquanto. "Mas no mundo dos negócios apenas uma coisa é certa: tudo pode mudar", observa.

A diretoria da Positivo Informática está animada com o teste da venda porta a porta. O relatório financeiro do terceiro trimestre destaca o acordo firmado com a Racco. "Estamos explorando novos canais de distribuição. Vamos esperar os resultados do desempenho das vendas da promoção de Natal para analisar a possibilidade de continuar a parceria", diz o vice-presidente de tecnologia educacional da Positivo Informática, André Caldeira. Segundo ele, os primeiros sinais são muito bons, mas ainda é cedo para falar de novas ações semelhantes.

No terceiro trimestre deste ano, as despesas operacionais da Positivo Informática cresceram 88% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, atingindo R$ 60,4 milhões. Grande parte desse valor (91,1%) foi despesa com vendas (computadores, laptops e softwares). Mas o comércio porta a porta não é uma estratégia da Positivo para reduzir as despesas nessa área, afirma Caldeira. "Queremos só maximizar o potencial de um canal de comercialização no qual ainda não atuávamos. Não estamos substituindo canais. Não só a parte de software, mas todo o grupo tem uma parceria forte com o varejo, tanto lojas físicas como on-line." No terceiro trimestre do ano, o lucro líquido da companhia atingiu R$ 58,7 milhões (alta de 92,5%). No acumulado entre janeiro a setembro, o lucro foi de R$ 181,3 milhões, cerca de 80% superior ao mesmo período de 2006.

Os jogos educacionais oferecidos pelas consultoras da Racco são da marca Disney, que a Positivo distribui com exclusividade no Brasil. Para Caldeira, o produto tem características que combinam com a comercialização porta a porta. "O software é pequeno, fácil de transportar. Com a penetração maior de computadores nas classes C e D, há um aumento no número de famílias propensas a usar computador não só para o trabalho como para entretenimento e é aí que entramos."

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