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Os credores internacionais da Grécia se recusaram a fazer qualquer nova concessão sobre as medidas trabalhistas contestadas por um membro menor do governo de coalizão, disse o ministro das Finanças do país neste domingo (28), prolongando um impasse sobre um pacote crucial de medidas de austeridade.

O governo grego está travado em discussões com os credores da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional sobre o pacote de austeridade há meses, mas um acordo final só não foi concluído ainda devido à recusa do pequeno partido Esquerda Democrática em aceitar novas regras sobre salários.

O partido, que alega que as mudanças enfraquecem leis trabalhistas, disse que vai votar contra as medidas quando forem colocadas em votação no Parlamento, na próxima semana.

O partido quer que a troika -- grupo formado pelos credores Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI --, autorize que um acordo nacional de pagamento de salários se aplique a todos os empregados e não apenas a funcionários sindicalizados. Eles também querem que os credores abandonem o plano de cortar o aumento de salário de 10% que os funcionários ganham quando se casam.

"A troika não aceitou as demandas (do partido)", disse o ministro das Finanças, Yannis Stournaras, a repórteres. Uma fonte do governo, que pediu anonimato, disse que a Grécia vai apresentar o projeto sobre as medidas trabalhistas juntamente a outras ao Parlamento no dia 5 de novembro.

A Grécia, que está praticamente falida, precisa de um acordo amplo sobre medidas de austeridade e reformas para poder receber um novo pacote de ajuda internacional antes que fique sem recursos, no meio do próximo mês.

A dívida pública grega equivale a 171% do PIB, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

O Esquerda Democrática tem o apoio de 16 deputados entre os 300 membros do Parlamento, e o governo --que tem 176 parlamentares-- pode aprovar o pacote mesmo sem o apoio do partido.

Mas uma votação contra o pacote por parte do partido pode prejudicar a já frágil coalizão e possivelmente levar outros parlamentares da base aliada a votar contra as medidas, que são impopulares.

O pacote de austeridade inclui cortes de gastos e aumentos de impostos totalizando 13,5 bilhões de euros, assim como uma longa lista de reformas estruturais para tentar recuperar a economia grega.

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