Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revela que o Brasil teve o maior crescimento no número de pessoas com acesso a computadores nos últimos cinco anos. Uma análise do Pew Institute revelou que, no Brasil, 44% da população de áreas urbanas têm acesso a computadores. E 2002, eram apenas 22%. O crescimento de 22 pontos percentuais é o maior do mundo, a frente de países como Eslováquia e Bulgária.
Na periferia, no entanto, a conexão é discada. É preciso ter paciência para usar a internet. O estudante Leandro Rodrigues, por exemplo, mora em Heliópolis, na Zona Sul, considerada a maior favela de São Paulo. Em casa, ele usa o computador que comprou há um ano para estudar, se divertir e procurar emprego.
"Antigamente até pra procurar emprego era mais difícil. Hoje, pela internet, consigo fazer tudo que eu quero", diz Leandro.
Mas computador e acesso rápido à internet em casa ainda são combinações raras para a maioria das pessoas. Por isso, multiplicam-se na periferia das grandes cidades as lan houses, estabelecimentos que têm ajudado a aumentar o contato com a informática. Em Heliópolis, são pelo menos 38 lan houses, segundo a Associação dos Moradores.
Acesso mais rápido, perto de casa e preço razoável. Com isso, os jovens gastam, em média, R$ 4,00 para permanecer duas horas na rede mundial de computadores.
Para um especialista, dólar baixo e isenção fiscal ajudaram a popularizar o computador. Mas as vendas podem crescer se o valor da prestação encolher.
"Aqui, estamos com parcelas até 24 vezes. Mas no Chile e no México, por exemplo, já há parcelamento em até 48 vezes. Daqui a uns anos isso tende a ampliar ainda mais a utilização de computadores no Brasil", prevê o analista de mercado Reinaldo Sakis.
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