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Confira o resultado da pesquisa da Fecomércio |
Confira o resultado da pesquisa da Fecomércio| Foto:
  • Loja no Centro de Curitiba: expectativa ainda não voltou ao nível pré-crise

Os empresários de comércio, serviços e turismo do estado estão otimistas em relação às vendas no primeiro semestre deste ano. Segundo pesquisa semestral divulgada ontem pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), 79,67% dos comerciantes têm expectativa favorável de vendas, contra 77,20% no semestre passado. Segundo o presidente da Fecomércio, Darci Piana, a ampliação do financiamento imobiliário, a alta do emprego e do salário e a entrada de divisas na economia são fatores que influenciaram no otimismo. "O ano passado foi muito positivo e o começo do ano também está sendo", diz.

Para Piana, com o aumento da Selic e as restrições ao crédito, o crescimento das vendas pode não atingir os 10% do ano passado. O otimismo também não ultrapassa os níveis de 2008, quando chegou a 88,08%. "Mesmo assim, nossas safras estão tendo bons resultados e as commodities estão com um preço favorável. É um bom momento", considera.

O levantamento ainda apurou as maiores dificuldades do empresariado, e a carga tributária continua sendo o problema mais mencionado. "Os impostos são o maior encargo, por isso estamos realizando sucessivas reuniões com o governo do estado para discutir melhorias quanto a esse assunto e tornar nosso estado mais competitivo", afirma Piana.

Outro problema enfrentado é a procura por mão de obra qualificada. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados de Curi­tiba e Região Metro­politana, Umberto Marineu Basso Filho, há pouca procura por qualificação. "Temos uma geração desinteressada, esse é o termo. O trabalhador costuma receber um benefício, como o seguro-desemprego, e fica parado por seis meses sem procurar nada", diz. Basso afirma que o Senac, uma das entidades do Sistema Fecomércio, vai aumentar os esforços para investir em qualificação gratuita para pessoas de baixa renda. "Vamos adotar projetos específicos para atender à demanda com a realização da Copa do Mundo", diz. Até 2014, o objetivo é qualificar 40 mil pessoas por ano.

Uma surpresa para os organizadores da pesquisa é o aumento da preocupação do empresariado com a segurança – o porcentual dobrou em relação ao último levantamento. "Pedi para fazermos uma revisão, para ver se não havia erros na metodologia, mas os números realmente são esses", afirma Piana. O presidente da Fecomércio se reunirá hoje com o secretário de Estado da Segurança Pública e representantes da Polícia Civil para discutir o assunto. "Grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, estão mais cuidadosas com o policiamento. Nosso estado não pode ficar para trás, precisamos não só de mais efetivo, mas de melhor qualificação e mais tecnologia", diz.

Não mencionado na pesquisa, o câmbio desfavorável é usado por Piana como exemplo de problema para o comércio. "Com o dólar reduzido, importamos demais. Conse­quentemente, a indústria nacional fica prejudicada e começa a demitir, o que significa menos dinheiro circulando e menos vendas", explica.

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