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Novos investimentos privados no setor de base florestal paranaense, como o realizado pela Stora Enso com a compra da fábrica de papéis Vinson, em Arapoti (norte pioneiro), dependem do crescimento da disponibilidade de matéria-prima, considerada barata porém escassa. O negócio da madeira de reflorestamento é responsável por 8% do PIB do estado, mas seu crescimento requer a ampliação da área de floresta plantada. Essa é a expectativa das empresas fornecedoras do setor, que participaram de feira promovida nesta semana pela UFPR. O evento reuniu fabricantes de equipamentos e especialistas em manejo até ontem no centro de eventos do Sistema Fiep, em Curitiba.

Na palestra de abertura, Miguel Sampol Pou, diretor-geral da fabricante de papel, cartão e embalagens Klabin disse acreditar que a área plantada no estado vai dobrar no período de dez anos. Hoje são 870 mil hectares com pinus e eucalipto. As regiões que ainda podem receber plantio são o Vale do Ribeira, Telêmaco Borba (nos Campos Gerais) e Guarapuava (centro do estado), de acordo com o coordenador do evento, Jorge Malinovski.

Em todo o Brasil as empresas do setor prevêem investimentos de US$ 8 bilhões em plantio até 2012. Com 5,2 milhões de hectares plantados, o país é o sétimo produtor mundial. A líder é a China.

A presença dos maiores fabricantes de máquinas e equipamentos para o setor, como Caterpillar, New Holland e Volvo, garantiu fechamento de vendas durante a feira. Foi o caso da fabricante japonesa Komatsu, com sede brasileira em Curitiba. A empresa vendeu pelo menos três unidades do trator pós-colheita, que retira as toras já desbastadas e cortadas do campo de plantio, ao preço de cerca de US$ 350 mil. "Tivemos este ano um público muito interessado", diz o diretor de marketing da Komatsu, Lonard Santos, referindo-se aos 900 visitantes.

A feira também foi a oportunidade para o lançamento de novas tecnologias, como o sistema de tranporte por cabo aéreo para regiões montanhosas vendido pela austríaco-brasileira Penz-Saur. (HC)

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