• Carregando...
Vídeo | Reprodução/ParanáTV
Vídeo| Foto: Reprodução/ParanáTV

Brasília – As empresas brasileiras reduziram em fevereiro o ritmo de contratação de empregados com carteira assinada. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram criados 148 mil postos de trabalho no mês passado, número que ficou 16,2% abaixo dos 176,6 mil registrados em fevereiro de 2006. Na comparação com janeiro, no entanto, houve crescimento de 0,53% na geração de empregos.

O Paraná também registrou aumento, de 0,75%, na criação de empregos em fevereiro na comparação com janeiro, e se destacou como o quarto estado onde mais foram criadas vagas de trabalho. No bimestre, o estado responde por 22.821 novos postos de trabalho com carteira assinada, número 6,3% maior que no primeiro bimestre de 2006.

A média nacional, ao contrário, ficou abaixo da acumulada em igual período do ano passado, principalmente pela freada na criação de vagas em fevereiro. O número de contratações superou o de demissões em 253,5 mil, o segundo melhor desempenho do mercado de trabalho para o período na série do Caged iniciada em 1992. Mas o saldo líquido dos empregos formais ficou abaixo dos 263,3 mil novos postos abertos no primeiro bimestre de 2006, recorde da série do Caged para o período.

O Caged é um cadastro oficial que registra todas as demissões e admissões de empregados feitas pelas empresas por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ficando de fora da estatística a movimentação de empregados domésticos e servidores públicos. O ministro do Trabalho, Luis Marinho, acredita que ainda é cedo para fazer previsões para 2007 sobre o comportamento do mercado de trabalho, afirmando que somente em maio essa avaliação será possível.

Indústria

Todos os setores da economia contrataram mais do que demitiram em fevereiro. O setor de serviços, que gerou 62,8 mil novas vagas, foi o destaque, seguido da indústria de transformação que ficou positiva em 30,8 mil novos postos e a agropecuária que registrou 21,9 mil. No bimestre, o melhor desempenho dos três foi coube à indústria (69,9 mil vagas), com o segundo melhor resultado para o período da série do Caged, abaixo apenas do primeiro bimestre de 2004. "Se a indústria de transformação continuar nesse ritmo, certamente ela vai puxar o crescimento do ano como ocorreu em 2004", afirmou Marinho.

A construção civil, entretanto, teve forte redução no ritmo de novas contratações no bimestre em relação a 2006, apesar de o setor ser um dos que vem mostrando maior dinamismo nos últimos meses. Foram 17,2 mil novos postos neste ano contra 36,1 mil nos dois primeiros meses de 2006. Marinho apontou como explicação o menor número de obras públicas sendo tocadas pelos governos (federal, estaduais e municipais) neste início de ano. "O ano passado era eleitoral e os governos anteciparam para o primeiro semestre a execução de suas obras para não esbarrar nas limitações da lei eleitoral", disse. "Isso inflou as contratações. Neste ano, isso não é necessário." Pela lei, obras públicas não podem ser licitadas nos três anteriores à eleição.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]