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O setor de agropecuária foi um dos responsáveis pela alta no número de empregos formais no Paraná em abril | Dirceu Portugal/Gazeta do Povo
O setor de agropecuária foi um dos responsáveis pela alta no número de empregos formais no Paraná em abril| Foto: Dirceu Portugal/Gazeta do Povo

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) voltou a registrar um número robusto em abril, após a criação de apenas 92,6 mil postos de trabalho em março, já descontadas as demissões do período. No mês passado, foram geradas 272.225 vagas de trabalho com carteira assinada, conforme dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Apesar do aumento de quase três vezes na relação com março, o número não é recorde para o mês. Isso ocorreu em abril do ano passado, quando o saldo de vagas líquidas foi de 349 mil.

Na Região Sul, o Paraná foi o estado que apresentou a maior alta no número de trabalhadores com carteira assinada em abril. Foram 20.837 novas vagas, um crescimento de 0,86% em relação ao mês anterior. Puxaram o crescimento os setores de Serviços (6.806 postos), Indústria e Transformação (6.498), Comércio (3.676), Agropecuária (2.239) e Construção Civil (1.392). A região metropolitana de Curitiba registrou acréscimo de 8.372 empregos formais, variação positiva de 0,83%, o melhor desempenho de toda a série histórica do Caged.

No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o saldo é de 880.717 novos postos formais no país e de 72.965 vagas no Paraná. A meta do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é atingir 3 milhões de novos empregos com carteira assinada neste ano. Em 2010, foram criados 2,861 milhões de novos postos formais. Lupi havia adiantado na semana passada que o número de abril seria "muito bom" e "próximo ao recorde" do mês.

Como não obteve recorde, o ministro destacou que a geração de vagas em abril deste ano, de 272.225, está acima da média de 251.947, dos meses de abril dos últimos quatro anos. Conforme Lupi, não só as contratações estão crescentes como também os desligamentos. "Isso mostra que o mercado está aquecido. O mercado não está só contratando, está demitindo muito. A rotatividade é muito alta", observou. Em abril, foram contratadas 1.774.378 pessoas e desligadas 1.502.153.

Mas o ministro manteve sua projeção de criação de 3 milhões de vagas com carteira assinada para este ano. Em 2010, foram gerados 2,86 milhões de postos formais. "Mantenho a projeção de criação de 3 milhões de vagas e vou conquistar", afirmou. No mês passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse durante uma apresentação no Palácio do Planalto que o volume de empregos com carteira assinada este ano não seria tão exuberante quanto em 2010.

A expectativa de Lupi é a de que a construção civil, com as obras públicas e os eventos ligados a jogos, além da construção residencial e o fim do período de chuvas, sejam os destaques do ano. O setor de serviços apresentou saldo líquido de emprego (contratações já descontadas as demissões) de 114.434 postos formais no mês passado. O resultado, segundo Lupi, é recorde para o mês de abril. "Sem dúvida, o setor de serviços é o que mais emprega no país", comentou o ministro.

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