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O criador do Facebook, Mark Zu­­ckerberg, é o mais popular usuário do Google+. Ele está nos círculos de 185 mil pessoas. É mais popular do que Larry Page, criador e CEO do Google (que está nos círculos de 94 mil pessoas) e Vic Gundotra, criador da rede social, que foi adicionado por 47 mil usuários.

Só que estas milhares de pessoas que adicionaram o CEO do Fa­­cebook não receberão nenhuma informação dele – seu perfil é totalmente fechado.

Não deixa de ser irônico: em seu perfil no Facebook ele diz que "está tentando tornar o mundo um lugar mais aberto". Isso, porém, não condiz com o próprio formato do Facebook: fechado.

Para ter acesso ao que acontece lá dentro é preciso fazer parte da rede social. Aos poucos, com o aumento do número de usuários, cresceu também o número de aplicativos, jogos e possibilidades lá dentro.

O Facebook deixou de ser uma rede social para compartilhar atualizações de status e fotos. Passou a ser também uma plataforma para todo o tipo de interação – de ouvir música a fazer compras.

Mas todo o conteúdo que é postado fica alheio a outro poderoso: o Google. Assim, a rede social do Google+ chega com a considerável vantagem de ter o mecanismo de buscas a seu dispor – e o conteúdo que é postado ali dentro está ao dispor do mecanismo de buscas.

O Google+ é aberto para toda a web. Poderia ser aberto também com o Facebook, mas a rede de Zu­­ckerberg mostrou que não quer esse tipo de conversa. Isso ficou claro com o bloqueio ao aplicativo que permitia convidar seus contatos do Facebook para o G+.

O fato do Facebook ser fechado e o G+ aberto é o que permite que a rede do Google se torne "a identidade social" da pessoa na web. E isso é potencialmente assustador para o Facebook, que nunca poderia ser a "cara on-line" de ninguém – afinal, só tem acesso a ela quem criar o seu perfil lá dentro.

Mas a briga ainda não é tão direta e o Facebook não precisa se apavorar – afinal, em quantidade de usuários (750 milhões em todo o mundo) não há nada que chegue perto do alcance e penetração da rede de Zuckerberg.

A primeira foto no G+ foi de um Zuckerberg carrancudo. Depois a imagem foi substituída pelo mesmo sorriso que ilustra o perfil dele no Facebook. Pode até ser irônico. Mas ele ainda tem motivos para rir.

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