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A despeito das incertezas em relação ao gás natural importado da Bolívia, a frota brasileira de veículos movidos a GNV (Gás Natural Veicular) deve crescer 11% este ano, fazendo com que o país ultrapasse a Argentina, atualmente o mercado sul-americano com a maior frota movida por esse combustível.

A previsão é do vice-presidente da Associação Latino Americana de Gás Natural Veicular (ALGNV), R. Fernandes.

- Emocionalmente, o atual impasse pólítico (em torno do processo de nacionalização do gás boliviano) pode ter algum impacto (no ritmo de conversão de veículos para o GNV), mas muito dificilmente ocorrerá algum problema, a menos que os bolivianos queiram dar um tiro no próprio pé-- disse Fernandes, referindo-se ao fato de que o país vizinho não teria a quem vender seu gás caso parasse de exportar para o Brasil.

De acordo com a ALGNV, no Brasil, atualmente, há 1,375 milhão de veículos movidos a GNV, cerca de 4,5% da frota total de 29 milhões de veículos leves que circulam no país. Esses veículos contam com uma rede de 1,4 mil postos habilitados ao abastecimento de GNV.

Na Argentina, são 1,48 milhão, o equivalente a 20% da frota total. O dados foram divulgados durante a abertura da Expo GNV 2007, a principal feira do setor, em São Paulo.

Entre janeiro e março, cerca de 50 mil veículos foram convertido a GNV no país, contra quase 60 mil no mesmo período de 2006. Para Ferreira, essa desaceleração não é motivo de preocupação, nem seria reflexo do conturbado quadro político do país vizinho.

- Não consideramos essa desaceleração representativa e atribuímos isso ao fato de que no início do ano passado os preços do GNV eram muito mais vantajoso que atualmente - afirmou Ferreira, que estima em mais de 1,525 milhão o número de carros movidos a GNV no Brasil no final do ano.

- O GNV é uma opção já aceita por grande parte dos consumidores.

Também presente ao evento, o presidente da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), Luis Domenech, afirmou que a crise boliviana não teve qualquer impacto no mercado brasileiro de GNV. Segundo ele, as incertezas que eventualmente surgem entre os consumidores sempre que aumentam as tensões nas relações entre Brasil e Bolívia são "comuns" por se tratar de um mercado que depende de um único consumidor.

- Mas não se conhece na História de conflitos, mesmo na II Guerra, de cortes no fornecimento de gás - disse Domenech, acrescentando:

- Não há por que (os consumidores brasileiros) reduzirem o ritmo das conversões.

Segundo Fernandes, da ALGNV, até 2010 a frota de veículos movidos a GNV deve chegar a 2 milhões de unidades no Brasil, e entre 4,5 milhões e 5 milhões em toda a América Latina.

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