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As vendas generalizadas derivadas da crise grega começaram a exibir semelhanças com a situação que se seguiu ao colapso do banco de investimentos Lehman Brothers, no outono de 2008, disse o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet neste sábado.

Esta é a razão pela qual o BCE e governos da região tiveram de tomar atitudes decisivas - para também limitar o risco de contágio para outros países -, afirmou Trichet à revista alemã Der Spiegel, em uma entrevista publicada neste sábado. De acordo com Trichet, esta é a situação mais difícil desde a Segunda Guerra.

"Diversos mercados não estavam mais funcionando corretamente. Pareceu, de certa forma, com a situação de meados de setembro de 2008 depois da falência do Lehman Brothers", continuou.

Ao lembrar dos eventos na ocasião do socorro financeiro para a Grécia, Trichet disse que "na quinta-feira à tarde e ao longo da sexta-feira, nós tivemos deterioração contínua da situação nos mercados financeiros, tanto na Europa quanto, como consequência, em nível global. Na sexta-feira, os mercados fecharam e a situação no mercado interbancário sinalizava o espalhamento de tensões severas". "Eu apontei estas questões aos chefes de Estado e de governo na sexta-feira à noite", afirmou.

Na segunda-feira, o BCE, pela primeira vez, começou a intervir nos mercados de dívida pública e privada na zona do euro. Ao mesmo tempo, os ministros das finanças criaram um plano de suporte de 500 bilhões de euros para países enfrentando a turbulência financeira.

"Nós experimentamos - e continuamos a experimentar - momentos realmente dramáticos", continuou Trichet. Ao ser questionado sobre se havia o risco de contágio da crise Grega para outros países da zona do euro, como Portugal, ele respondeu: "No mercado, há sempre o perigo de contágio. Pode ocorrer rapidamente. Algumas vezes é uma questão de menos de um dia."

O presidente do BCE disse que precisa haver aperfeiçoamentos quanto ao gerenciamento fiscal na Europa para garantir a implementação efetiva de recomendações feitas por outros países da zona do euro para garantir sanções reais no caso de rupturas. As informações são da Dow Jones.

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