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Charlize Theron discursa em Davos: ficando “mais inteligente por osmose” | Pascal Lauener/Reuters
Charlize Theron discursa em Davos: ficando “mais inteligente por osmose”| Foto: Pascal Lauener/Reuters

Segurança

Participantes terão proteção de 5 mil soldados suíços

O relatório anual de risco do fórum citou a desigualdade e o peso da dívida pública como as maiores ameaças econômicas. Destacou também o aumento da preocupação com o mau tempo. A crise dos reféns da Argélia, a campanha francesa contra os islamitas em Mali e as consequências da Primavera Árabe também serão temas quentes, com muitos líderes da África e do Oriente Médio participando de Davos, assim como executivos do setor de petróleo e gás. "Estamos diante de uma nova realidade de choques repentinos e mal-estar mundial prolongado", disse o fundador do fórum, Klaus Schwab. "O crescimento neste novo contexto exige dinamismo, visão ousada e ação ainda mais ousada."

A elite de Davos será protegida contra manifestantes por um anel de arame farpado e até 5 mil soldados suíços, ainda que grupos de esquerda planejem pequenos protestos contra a especulação financeira.

O primeiro-ministro italiano Mario Monti dará o tom para os líderes empresariais e políticos reunidos em Davos (Suíça) nesta semana no Fórum Econômico Mundial, com um discurso intitulado "Liderando contra a adversidade". O encontro, que começa hoje, vai reunir mais de 1.500 líderes empresariais e até 50 chefes de Estado ou de governo.

Em um dos eventos que antecedem o fórum, a atriz sul-africana Charlize Theron foi premiada por seu trabalho humanitário relacionado com a prevenção da Aids no continente africano. Ela disse que os líderes globais deveriam se preocupar mais com a doença e elogiou a concentração de cérebros em Davos. "Sinto que estou ficando mais inteligente por osmose", brincou.

"É muito claro que o futuro da economia mundial é baseado em restaurar a confiança", afirmou o fundador do fórum, Klaus Schwab.

Ainda há um bom cami­nho a ser percorrido, de acor­do com pesquisa da empresa de relações públicas globais Edelman. "Os níveis de confiança em governos são piores do que para o negócio, mas ambos são terríveis", disse Richard Edelman, presidente da empresa.

O chairman do UBS, Axel Weber, e o presidente-executivo do JP Morgan Chase, Jamie Dimon, estão entre os principais representantes no fórum de Davos da indústria financeira, que é o setor menos confiável, segundo a pesquisa Edelman, com apenas 50 por cento globalmente.

"Há mais certezas do que havia três ou quatro meses atrás", disse Kevin Kelly, presidente-executivo da Heidrick & Struggles. "Esta é uma virada no humor. Há um velho ditado que diz que do chão não passa; economicamente falando, estamos no porão agora. Não há para onde ir, só para cima.".

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