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A crise financeira que afetou os mercados mundiais nas últimas semanas, inclusive o Brasil, foi suficiente para interromper a trajetória de queda das taxas de juros na primeira quinzena de agosto. De acordo com dados preliminares do Banco Central, isso ocorreu por conta do aumento do custo de captação das instituições financeiras, compensado pela redução do spread (diferença entre a taxa de captação e a efetivamente cobrada pelos bancos).

- Ainda não dá para afirmar que esse ritmo se manteve depois desse período. Quinze dias ainda é muito pouco para dizer o que vai acontecer no mês todo - afirmou o chefe do departamente Econômico do BC, Altamir Lopes.

Segundo ele, as taxas para pessoas físicas foram as que sofreram os impactos da crise financeira. Entre os dias 1º e 15 de agosto, o custo de captação para esses empréstimos subiu 0,4 ponto percentual, por serem mais sensíveis às taxas futuras de juros, que subiram no período, mas os spreads recuaram na mesma intensidade. Com isso, a taxa média ficou estável em 47% ao ano em relação a julho. Em relação a junho, no entanto, houve queda de 0,8 ponto percentual nestas taxas.

Para as empresas, no entanto, as taxas de juros se mantiveram em agosto (23% ao ano) sobre julho porque nem os spreads (12,1 ponto percentual) nem o custo de captação se mexeram.

- Os spreads para pessoa física (36,3 pontos percentuais) têm mais espaço para recuar - explicou Lopes.

O volume de crédito concedido, no entanto, continuou em expansão, de 2% em agosto. No mês passado, ele cresceu 1,7%, para R$ 813,4 bilhões no total, o que representa 32,7% do PIB.

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