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Brasil vendeu US$ 4,3 bilhões em Treasuries

O Brasil ficou entre os maiores vendedores de títulos de curto, médio e longo prazo do Tesouro dos EUA em junho (bem antes do rebaixamento da dívida americana). O Brasil vendeu US$ 4,3 bilhões em bônus, ficando atrás de Caribe (US$ 8,9 bilhões), Canadá (US$ 6,5 bilhões) e Rússia (US$ 5,4 bilhões).

Segundo os dados do Tesouro, em junho o Brasil detinha US$ 207,1 bilhões em títulos americanos, de US$ 211,4 bilhões em maio. Em junho de 2010, esse volume era de US$ 163,8 bilhões. Mesmo com a redução, o Brasil manteve o quinto lugar no ranking dos detentores de bônus dos EUA. Os quatro primeiros colocados são China, Japão, Reino Unido e o grupo de exportadores de petróleo.

Ainda de acordo com os dados do Tesouro, os estrangeiros venderam Treasuries no maior montante já registrado em junho, enquanto o debate sobre o limite de endividamento dos EUA se intensificava. O fluxo de capital estrangeiro líquido para os EUA ficou negativo em US$ 29,5 bilhões no mês.

Agência Estado

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, defendeu o uso das reservas do Banco Central do país para pagar os compromissos da dívida e recomendou às nações com problemas financeiros a receita argentina para enfrentar a crise de 2001/02, que incluiu default de mais de US$ 100 bilhões e reestruturação com um corte de mais de 60% do valor principal. Ela também disse que vai buscar uma posição comum com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para levar ao G-20.

"Vai haver uma reunião muito importante, em novembro, do G-20, em Cannes, sobre a crise global. A ideia é falar com a companheira presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para levar uma posição ao G-20 sobre como vemos a situação internacional e os instrumentos que acreditamos que devam ser adotados para enfrentar a crise internacional", afirmou, em sua primeira entrevista coletiva à imprensa desde fevereiro de 2010.

Cristina ressaltou que "no mundo se menciona o caso da Argentina como solução [para os países europeus endividados], uma reestruturação da dívida com corte importante. Somos um modelo. Estão olhando para nós porque o que está passando no mundo se parece muito com a Argentina de 2001", descreveu. "Vamos ver como se desenvolve a crise nesse mundo. Fomos muito heterodoxos, com medidas especiais que, muitas vezes, foram incompreendidas", alfinetou Cristina.

Cristina lembrou ter reiterado, em diversas oportunidades, que é preciso sustentar os bancos, mas assegurar também que eles injetem recursos na economia real. "Claro que Grécia não pode pagar 360 bilhões de euros, como era claro que a Argentina não podia pagar US$ 160 bilhões em dívida", acrescentou.

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