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Cuba arrecadou mais de meio milhão de euros (703,56 mil dólares) no leilão de cinco umidificadores de charutos. A venda marcou a primeira vez em nove anos que os famosos puros não estavam assinados pelo convalescente líder Fidel Castro, afastado do poder por uma doença não revelada.

O leilão aconteceu durante banquete de encerramento do 9o Festival del Habano, na noite de sexta-feira, que trouxe a Havana mais de 300 vendedores estrangeiros e incondicionais do tabaco cubano. Umidificadores são caixas que conservam a qualidade dos charutos.

O dinheiro será destinado ao sistema de saúde cubano, segundo a agência estatal de notícias AIN.

``Foram vendidos cinco lotes com puros das famosas marcas H.Upmann, Partagás, Vegas Robaina, Montecristo e Cohiba'', informou a AIN.

Os organizadores do Festival del Habano não haviam descartado que Castro assinaria este ano os umidificadores, como já é tradição.

``Esperamos que ele (Castro) assine os umidificadores no próximo ano'', disse Alejandro Robaina, que com 87 anos é o mais famoso produtor cubano de tabaco e uma lenda dentro da indústria.

Castro, que tem 80 anos e é o inspirador da marca de charutos Cohiba, que deixou de fumar em 1986, não tem sido visto em público desde julho, quando transferiu temporariamente o poder a seu irmão Raúl.

A Habanos SA, da estatal Cubatabaco e do grupo hispano-francês Altadis, afirma controlar atualmente entre 45 e 50 por cento do mercado mundial em termos de valor e 30 a 35 por cento em número de unidades vendidas.

Descontando os Estados Unidos, que consomem mais de 200 milhões de charutos premium por ano, a Habanos SA afirma que controla 80 por cento do mercado mundial em valor e 75 por cento em unidades.

A Habanos SA anunciou vendas de 370 milhões de dólares em 2006, cerca de 8 por cento acima do ano anterior. Cuba produz um terço dos 400 milhões charutos vendidos por ano no mundo.

Apesar da falta da assinatura, os vendedores de charutos ainda estavam confiantes de que comercializariam facilmente os umidificadores a seus melhores clientes.

``Em Hong Kong, as pessoas compram charutos como se não houvesse amanhã. Está cheio de colecionadores de charutos'', disse Dag Holmboe, presidente-executivo da Pacific Cigar Company, distribuidor exclusivo de charutos cubanos na região da Ásia-Pacífico.

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