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Donos de bares, locadoras, lojas de roupa e de cosméticos – 1.480 pessoas de vários bairros da capital – estão mais capacitados para gerenciar seus negócios. A Companhia de Desenvolvimento Curitiba, empresa da prefeitura, formou ontem o terceiro grupo do programa Bom Negócio, que acumula números interessantes desde a criação, em 2005.

Dos 75 bairros da cidade, 54% já foram varridos pelos professores de finanças e administração da Unifae, responsável pelo conteúdo dos cursos. Uma pesquisa respondida pelos 1,7 mil pequenos empresários atendidos até o fim do ano passado revelou que 53% deles conseguiram aumentar o faturamento e 71% elevaram a renda familiar. Eles contrataram 821 pessoas, um terço a mais dos funcionários que tinham.

As aulas duram três semanas e são ministradas em escolas municipais.

Além de ensinar princípios de contabilidade e administração, os professores prestam consultoria gratuita na área de marketing. Era tudo que precisava o chef de cozinha Luiz César Glück, de 54 anos. Ele economizou R$ 4 mil com a divulgação de um produto inovador prestes a ser lançado. "Ganhei logomarca e folders. Me ajudaram muito", diz, referindo-se à panela especial para diabéticos (porque não exige gordura) a ser lançada neste mês.

A empresa de doces da mulher dele também se beneficiou com o curso. O faturamento passou de R$ 1,8 mil para R$ 6 mil com as noções de finanças.

Boa parte dos alunos não tem qualquer formação – aprendeu na estrada e acumula vícios contábeis. Aconteceu com Márcio Colonetti, que tinha empresa de representação de uma operadora de tevê por assinatura. "Eu misturava tudo. Pagava o supermercado e contas da empresa com o talão de cheques que tivesse saldo", relembra. No Bom Negócio ele "se arrependeu desse pecado" e tirou lições de marketing para abrir um negócio inovador que planejou por quatro anos: vai vender, a partir de setembro, películas protetoras para CD e DVD, produto que, segundo ele, não tem concorrentes no país.

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