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A partir da próxima quarta-feira (2), as pessoas físicas pagarão menos para investir em títulos públicos pela internet. A BM&FBovespa fechou acordo com o Tesouro Nacional para deixar de cobrar a taxa de negociação de 0,1% no momento da compra dos títulos do Tesouro Direto.

Com a mudança, as únicas taxas que o aplicador pagará para aplicar nos títulos públicos são a taxa de custódia, atualmente em 0,3% ao ano, e a taxa de administração cobrada pela instituição financeira, que varia de zero a 2% ao ano dependendo do banco ou da corretora que executa a aplicação.

De acordo com o Tesouro Nacional, a mudança torna o Tesouro Direto mais atrativo ao aplicador. Isso porque a redução dos custos aumenta a rentabilidade dos títulos públicos. Segundo o órgão, um título de seis meses renderia 16,5% mais que a poupança, que é isenta de taxas, e de 10,5% a 27,6% mais que os fundos de investimento, que cobram de 1% a 2% de taxa de administração.

O Tesouro anunciou ainda que ampliou os incentivos para as instituições financeiras conseguirem investidores para o Tesouro Direto. Atualmente, as corretoras recebem da BM&FBovespa parte da taxa de custódia. A partir de janeiro, metade do valor recebido terá de ser aplicado em divulgação e capacitação de funcionários para vender os títulos públicos aos aplicadores.

O programa de venda de títulos públicos pela internet foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem que pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa fixa definida antecipadamente.

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