O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Arthur Henrique se reuniu nesta quarta com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para pedir intervenção direta do governo na solução dos problemas nos canteiros de obras das empreiteiras que participam da construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio (RO) e demais obras que recebem recursos do governo, espalhadas pelo País. "Hoje não existe contrapartida social das empresas", queixou-se Arthur Henrique, salientando que é preciso que sejam retomadas as negociações entre as centrais sindicais e as empresas responsáveis pelas obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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"Apresentamos documento ao governo mostrando que nós já tínhamos realizado, no final do ano passado, reunião, via Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, via Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil e Associação Brasileira das Indústrias de Transformação, com as centrais sindicais, para discutir condições de trabalho das obras do PAC", afirmou o sindicalista.

Artur Henrique confirmou para a próxima terça-feira, em Brasília reunião entre as empreiteiras, o governo, as centrais sindicais e o Ministério Público do Trabalho para discutir as condições de trabalho das obras do PAC, não só em Jirau e Santo Antônio, mas em todas as obras programadas para a Copa do Mundo, Olimpíada, Programa Minha Casa, Minha Vida e Trem Bala, entre outras. A reunião já tinha sido anunciada na manhã de hoje pelo presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que também se reuniu com Gilberto Carvalho para tratar do mesmo assunto.

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O presidente da CUT defendeu ainda um processo permanente de negociação entre as empresas e os trabalhadores, além de uma fiscalização eficaz por parte dos órgãos do governo para evitar que os maus tratos aos empregados continuem a ocorrer. "Não há um posicionamento claro por parte das empresas em relação ao tratamento aos empregados", disse o presidente da CUT, ao comentar que há diferenças entre os tratamentos nos casos de Jirau e Santo Antônio.

No caso da Camargo Corrêa, responsável por Jirau, ele disse que a terceirização que a empresa promove é muito prejudicial aos empregados, já que as terceirizadas não respeitam a legislação trabalhista e não há fiscalização.