Está marcado para setembro o início das atividades da FG Companhias Aéreas, braço da operadora de turismo paulistana CVC. Duas aeronaves estão sendo compradas da TAM e devem fazer cerca de 30 viagens por mês, exclusivamente em vôos fretados para a própria operadora. Segundo o presidente do grupo, Guilherme Paulus, a empresa está investindo R$ 12 milhões para o início das operações e outros R$ 24 milhões serão injetados até o fim do ano.
Paulus esteve em Curitiba ontem como palestrante convidado da primeira edição deste ano do Papo de Mercado, ciclo de palestras promovido pelo Caderno de Economia da Gazeta do Povo. O empresário contou entre piadas e brincadeiras com o público um pouco da história da empresa e traçou um cenário otimista da economia brasileira e, em especial, do setor turístico.
"Mesmo com todos os problemas políticos, o país vive um momento de calmaria econômica. Isso se reflete no setor de turismo porque as pessoas podem se planejar melhor", aposta. Segundo Paulus, que também integra um comitê de planejamento do Ministério do Turismo, a meta do governo federal é aumentar de 7 bilhões para 9 bilhões o número de turistas estrangeiros que chegam anualmente ao Brasil e para 65 milhões as chegadas em vôos domésticos.
Essa visão positiva acabou estimulando o investimento no antigo plano da companhia, engavetado há pelo menos dois anos por ser considerado, até então, comercialmente inviável. Na época, a CVC pretendia entrar no mercado de aviação comercial (então com o nome Samba, substituído agora pelas iniciais dos filhos de Paulus Fabio e Gustavo).
"Fizemos uma série de estudos e chegamos a conclusão que dessa forma ela não se sustentaria. Por isso estamos começando aos poucos, incialmente para atender apenas a nossa demanda. Hoje, a aviação comercial não é o foco da companhia", diz o executivo, que não descarta a possibilidade de, no futuro, oferecer vôos regulares.
Por enquanto, as aeronaves compradas da TAM uma a vista e outra através de leasing continuarão a ser utilizadas pela companhia de Marília durante a semana e nos fins de semana atenderão os passageiros da CVC nos destinos nacionais.
O grupo também tem planos de expansão para suas agências de viagem. A expectativa de Paulus é aumentar em 25% o volume de negócios da empresa este ano, em relação a 2005. No ano passado, a CVC vendeu 1,2 milhão de pacotes de viagens, que movimentaram R$ 1,5 bilhão. "Perdemos alguns clientes em junho e julho para as televisões digitais. Muita gente deixou de viajar para assumir um financiamento e ver a Copa do Mundo em um aparelho novo", diz o empresário. "Mas ainda assim, a expectativa é que o ano seja muito bom."
A CVC tem 171 lojas no Brasil, 2 na Argentina, 1 no Uruguai e outra no Chile. Em junho a empresa inaugura a primeira filial em Paris. "Queremos aumentar o fluxo de turistas entre os dois países. Escolhemos a França porque os franceses são apaixonados pelo Brasil." O grupo pretende chegar a dezembro com 250 lojas em funcionamento.
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