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Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre do ano, com divulgação na terça-feira (8), serão determinantes para a decisão do governo sobre renovar ou não a redução do IPI incidente sobre automóveis, que vence no final deste mês.

De acordo com uma fonte da equipe econômica, será com base no detalhamento trazido pelo "mapa" do PIB, com informações sobre a indústria e a demanda, que o governo definirá se a prorrogação deve ser feita, e sob que condições.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira a jornalistas que a redução do IPI "termina este mês", mas acrescentou que o assunto ainda será avaliado pelo governo em reunião no final de junho.

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados começou a vigorar em janeiro como medida do governo para estimular a economia, abatida pela crise financeira global. Previsto para terminar no final de março, o alívio fiscal foi prorrogado até o final do segundo trimestre.

O governo já trabalha com um cenário de recessão técnica no país, apostando que o PIB cairá no primeiro trimestre frente ao trimestre anterior pela segunda vez consecutiva.

Mas, segundo a fonte, uma retração muito aguda indicaria que a retomada da atividade será mais difícil do que o inicialmente previsto, podendo por em risco a projeção de crescimento para o ano.

Neste caso, o governo poderá adotar incentivos fiscais adicionais, como a prorrogação do IPI menor, mas a avaliação é de que o grosso do estímulo à economia deve ocorrer via política monetária.

"A grande bala na agulha que o Brasil tem para garantir a retomada são os juros e os compulsórios", afirmou a fonte, que pediu para não ser identificada.

Além de trazer os dados do PIB, junho também está sendo considerado um mês importante para as perspectivas econômicas do país por conta da reunião do Federal Reserve, prevista para os dias 23 e 24.

O governo está atento a indicações sobre o ritmo do programa de compra de Treasuries pelo banco central norte-americano para dar impulso à recuperação nos Estados Unidos.

O Fed anunciou o programa de compras em março, quando disse que compraria até 300 bilhões de dólares de dívida de longo prazo durante seis meses. Alguns analistas esperam que o programa será estendido, em um esforço do banco central norte-americano para elevar o crédito disponível na economia.

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