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O Fórum Econômico Mundial quer que a presidente-eleita Dilma Rousseff vá até a estação de esqui de Davos, na Suíça, em janeiro para explicar aos maiores empresários do mundo sua política econômica e seu plano de governo para os próximos quatro anos. Considerada ainda por muitos empresários estrangeiros como uma "incógnita", Dilma já foi contactada pelos organizadores do evento para que garanta sua primeira apresentação ao setor privado internacional.

Nos últimos anos, o Fórum de Davos usou a popularidade do presidente Lula para lustrar seu próprio brasão. Em 2003, ele aceitou ir tanto a Davos como ao Fórum de Porto Alegre, marcado por seu discurso antiglobalização. Desde então, os organizadores de Davos passaram a tratar o líder brasileiro como o "queridinho" do encontro internacional. No início deste ano, Lula receberia o prêmio de estadista do ano, dado por Davos, mas acabou cancelando sua viagem por uma indisposição.

Agora, Davos espera que Dilma use a plataforma do encontro com uma parte significativa do PIB mundial para dar sinais sobre o que vai mudar em sua política, em comparação à de Lula. BCs de todo o mundo, empresários e analistas do mercado esperam para saber não apenas qual será a política econômica de Dilma, mas também quem ocupará cada um dos cargos chave da equipe econômica.

Em uma semana, na Basileia, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deve também explicar aos xerifes das finanças mundiais que o novo governo não apresentará choques ou uma reforma de sua estratégia. O Banco de Compensações Internacionais (BIS) realiza sua última reunião do ano e a esperança do BIS é de que Meirelles dê sinais do que pode ser o plano econômico de Dilma, principalmente em relação à inflação, estratégias de crescimento da economia e, acima de tudo, políticas de controle de capital adotados nos últimos meses pelo Brasil.

Dilma assumirá o governo em um momento em que a pressão sobre os mercados emergentes deve ficar ainda mais intensa. A liquidez de dólares no mercado internacional tem criado uma situação de ameaça de bolha financeira, com um volume substancial de dinheiro especulativo entrando no Brasil.

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