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Atualmente, Suga é um diretor e consultor independente da empresa | Divulgação/Universidade de Tóquio
Atualmente, Suga é um diretor e consultor independente da empresa| Foto: Divulgação/Universidade de Tóquio

Quando descobriu que não conseguiria ganhar a vida como um guitarrista, Hiroaki Suga decidiu buscar descobrir a origem da vida, e acabou criando uma nova forma de fabricar remédios. Com o desenvolvimento de uma enzima que acelera o processo de descoberta de novas drogas, ele abriu as portas para cofundar a PeptiDream, empresa avaliada hoje em US$ 3,2 bilhões.

A PeptiDream conseguiu contratos com muitas das grandes farmacêuticas do mundo, e as ações da companhia já se valorizaram em nove vezes desde a listagem em 2013. Atualmente, Suga é um diretor e consultor independente da empresa, e a fatia de 8,6% que ele tem da companhia vale cerca de US$ 278 milhões. Hoje, suas guitarras enchem a casa que ele comprou após a empreitada bem-sucedida fora do mundo da música.

“Eu passei dez anos nisso. Eu tive muitos fracassos, mas então eu tive dois sucessos, porém eles não eram realmente úteis, então isso significava fracasso para mim”, diz Suga de seu escritório no campus da Universidade de Tóquio com uma guitarra pendurada na parede. “E então eu finalmente criei este protótipo de enzima, e pensei ‘é isso’”, afirma.

Parcerias

A PeptiDream faz parte de um grupo de empresas japonesas de biotecnologia que cresceram e se tornaram companhias de bilhões de dólares, entre as quais estão a farmacêutica Sosei Group e a Euglena, que está tentando desenvolver combustível de jatos a partir de algas.

O sistema da PeptiDream tem tido um grande interesse da grande indústria farmacêutica. Até agora, 16 dos nomes mais estabelecidos na indústria assinaram acordos para trabalhar com a companhia japonesa. O sistema pode ajudar a descobrir remédios para quase todas as doenças, de câncer a doenças neurológicas. No ano fiscal terminado em junho de 2015, a receita da PeptiDream subiu para 2,5 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 24 milhões).

Analistas dizem que um dos riscos que ameaçam os números da empresa é a possível desistência de parceiros, já que as grandes farmacêuticas podem começar a perder interesse. Eles lembram que a Pfizer cancelou um acordo em 2013, e ressaltam como as ações caíram com a notícia.

“Eles têm muitos parceiros, mas nós não sabemos se os contratos serão estendidos indefinidamente”, afirmou Kiyokazu Yamazaki, analista no Ichiyoshi Research Institute, que avalia os papéis da PeptiDream como ações que devem ser compradas.

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