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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Com 877 mil pequenos acionistas, a Oi é uma das empresas brasileiras com maior quantidade de pessoas físicas como detentor dos seus papéis. Só que os números são distorcidos pelos planos de expansão do setor pois, entre 1975 e 1995, quem comprava uma linha telefônica ganhava também ações das companhias. Muitos desses investidores nem sequer sabem que têm ações da empresa.

A operadora anunciou nesta segunda-feira (20) que entrou com um pedido de recuperação judicial que inclui R$ 65,4 bilhões em dívidas no processo.É o maior pedido de recuperação judicial já protocolado no Brasil, sendo que o recorde anterior pertencia à OGX, do empresário Eike Batista, que declarou à Justiça ter dívidas de R$ 11,2 bilhões em 2013.

De acordo com o advogado Lionel Zaclis, sócio do escritório Barreto Ferreira Branche, a partir de agora as negociações das ações em pregão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ficam suspensas. Assim, só poderá haver negociações com os papéis por meio do chamado mercado de balcão, no qual os acionistas realizam transações diretamente entre si.

Como o crédito do acionista é subordinado, ele vai para o fim da fila para receber em caso de falência da Oi, esclareceu o advogado.

“Como não terá mais negociação com as ações, pode-se dizer que quem comprou o papel perdeu o dinheiro”, afirma Adeodato Volpi Netto, chefe de mercado de capitais da Eleven Financial Research

Nas negociações desta segunda-feira, as ações da Oi despencaram 5,97% (ON, a R$ 1,26) e 10% (PN, a R$ 0,99). O pedido de recuperação judicial veio a público pouco depois do fechamento dos mercados.

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