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Por causa da neblina, nesta época do ano é comum que vôos com destino ou escala no Aeroporto Internacional Afonso Pena sejam desviados para outras cidades. Em geral, a falta de teto em Curitiba obriga os passageiros a desembarcar nas cidades catarinenses de Joinville (cuja distância é de 120 km), Navegantes (180 km) ou até Florianópolis (380 km) e retornar ao destino, no caso a capital paranaense, de ônibus. Transtorno que para quem vem de São Paulo, por exemplo, pode significar percorrer pela estrada a mesma distância feita de avião e aumentar o tempo de deslocamento em pelo menos três horas.

Foi justamente o que aconteceu com o pequeno Pedro, de apenas nove anos. Na época, a mãe, a publicitária Isabela Malucelli, morava em São Paulo e o pai, João Beltrão, em Curitiba. "Ele viaja sozinho de avião desde os quatro anos e nunca tinha passado por um problema assim", lembra a mãe. Pedro embarcou no aeroporto de Congonhas, com destino a Curitiba, mas só desembarcou em Florianópolis. "Se eu soubesse, teria segurado ele em São Paulo", diz. "Ele voltou de ônibus, acompanhado de uma aeromoça e dos outros passageiros." A viagem, normalmente de uma hora, demorou cerca de seis horas. "Ele foi muito bem atendido pela companhia. Eu é que fiquei muito preocupada", admite a mãe.

Além do tempo, o passageiro pode perder dinheiro. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em situações como estas as empresas aéreas não são obrigadas a arcar com estas despesas extras dos seus clientes. Conforme a entidade, o problema é causado por questões meteorológicas, independente do serviço das companhias. Por isso, elas não são obrigadas a arcar com os prejuízos e os custos de transporte e hospedagem caso o passageiro não possa esperar outro vôo e a liberação do aeroporto.

Segundo a direção da Gol, em caso de impossibilidade de pouso em Curitiba, os seus vôos são desviados para Florianópolis ou Joinville. Nestes casos, a companhia oferece ônibus para que os passageiros retornem ao destino. No caso dos vôos da TAM, segundo sua assessoria de imprensa, a primeira opção de desvio é Joinville. Caso o aeroporto também esteja fechado, o avião pode seguir para Navegantes ou, como terceira opção, Florianópolis. A TAM oferece aos passageiros um ônibus para que retornem à capital. Segundo a assessoria, os clientes também podem esperar pela abertura do aeroporto Afonso Pena ou por uma vaga em outro vôo da companhia. Se a opção for dormir na cidade, cabe ao passageiro arcar com os custos de hospedagem.

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