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Fábrica da Positivo em Curitiba: companhia espera que governo retome as encomendas de computadores neste semestre | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Fábrica da Positivo em Curitiba: companhia espera que governo retome as encomendas de computadores neste semestre| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Restrição a importados ajuda empresa na Argentina, onde tem fábrica

As vendas de computadores da Positivo Informática na Argentina têm até fila de espera, segundo o presidente da empresa, Hélio Rotenberg. As restrições – por meio de licenças não automáticas impostas pelo governo argentino aos produtos importados do Brasil – vêm beneficiando a joint venture firmada pela Positivo com a argentina BGH para produção local, feita em uma fábrica na província da Terra do Fogo. As imposições prejudicaram multinacionais como HP e Lenovo, que atuam com importações.

"Com a dificuldade das nossas concorrentes, estamos vendendo muito. Tem até fila de espera para o nosso produto no varejo", afirmou Rotenberg. A Positivo Informática deve lançar em breve o seu tablet na Argentina. "Pensamos em lançar junto com o Brasil, em setembro, mas ainda não sabemos se vai dar tempo. Podemos deixar também para março do próximo ano", disse o executivo. Inicialmente, o modelo será importado do Brasil. A empresa também pretende atuar no mercado do Uruguai, a partir de 2012. (CR)

Intel mantém aposta nos computadores

Cinthia Scheffer

São Paulo - A Intel mostrou ontem, em um evento em São Paulo, que segue apostando fortemente no mercado de computadores, sem receio de uma possível ameaça da concorrência criada com os tablets. O vice-presidente mundial da companhia, Mooly Eden, veio ao Brasil para participar de uma série de treinamentos para revendedores e parceiros e fez questão de ressaltar que o mercado de PCs continua muito promissor, em especial nos países emergentes.

"Um milhão de PCs são vendidos por dia no mundo. O Brasil tem o maior crescimento de vendas do segmento dos últimos cinco anos em todo o globo. O que acontece é que o mercado está mudando. Mas o PC não vai morrer", disse Eden.

Segundo o executivo, a grande mudança é que os computadores estão ficando cada vez mais "personalizados" – não existe mais uma máquina em cada casa, mas várias. "Cada pessoa agora tem um computador, e não quer compartilhar."

Eden disse ainda que os tablets têm funções diferentes daquelas atribuídas aos computadores e, por isso, eles não são uma ameaça ao segmento. "O tablet é um dispositivo de consumo. É feito para ler, ver vídeos ou navegar na internet. Mas para criar, usamos os PCs. Ou seja, um dispositivo é complemento do outro."

Para confirmar sua confiança no mercado, Eden brincou com os jornalistas lembrando que, recentemente, em outro evento com a imprensa, observava várias pessoas escrevendo sobre tablets usando notebooks. "Você me dá o seu notebook e eu te dou um tablet. Você passa a usar somente ele. Quer?", brincou com um dos jornalistas presentes. "Não, né? Eu já fiz isso e não dá. São dispositivos completamente diferentes."

O vice-presidente disse, ainda, que a empresa também continua apostando no segmento de desktop, que é muito "estável e lucrativo", embora tenha um crescimento menos expressivo do que o registrado na venda de notebooks.

Abandono da HP

Eden preferiu não comentar a recente decisão da HP de abandonar o mercado de tablets e smart­phones, e os boatos de que a empresa poderia deixar também o segmento de PCs. "Não é ético fazer comentários sobre os nossos clientes. Mas a informação me pegou de surpresa e muita coisa, provavelmente, ainda vai ser explicada."

A jornalista viajou a convite da Intel.

São Paulo - Depois de perder a liderança de mercado para a HP no início do ano, a Positivo Informática voltou ao topo das vendas de computadores no país e prepara-se para lançar, em setembro, o seu modelo de tablet. A empresa ficou com 13,5% do mercado total de PCs no segundo trimestre, com 520 mil computadores vendidos, dos quais 429 mil no varejo. A HP, em segundo, ficou com 10,5%.

Segundo a International Data Computer (IDC), foram vendidos 3,8 milhões de computadores no país no segundo trimestre de 2011, o que levou a consultoria a revisar, mais uma vez, a projeção de crescimento de vendas para o ano, de 11,7% para 15,9%. A expectativa agora é que o mercado feche o ano com 15,9 milhões de máquinas vendidas.

A retomada da liderança de mercado teve gosto de revanche para o presidente da Positivo, Hélio Rotenberg, que convocou a imprensa para anunciar o feito. "A informação é do presidente mundial da Positivo", brincou, ao ironizar o presidente da HP, que, meses atrás, anunciou a jornalistas que a multinacional norte-americana havia assumido o primeiro lugar.

O próximo passo da empresa é o lançamento do tablet da marca, que vai usar o sistema Android. Em um mercado no qual terá de enfrentar a gigante Apple, a Positivo diz estar confiante. A forte aceitação do iPad da Apple já levou concorrentes de peso, como a HP, a se retirar desse mercado. "O varejo estará repleto de tablets da Positivo para o Natal", afirma Rotenberg.

A Positivo havia perdido a liderança do mercado em meio a uma forte concorrência de preços com multinacionais e estoques altos no varejo desde o último Natal, fatores que culminaram em uma sequência de resultados negativos nos três últimos trimestres. Segundo Rotenberg, a retomada reflete o bom momento das vendas do setor e o melhor posicionamento da marca no varejo. "O fundo do poço da guerra de preços já ocorreu. Não dá para baixar mais. Na média, os preços já aumentaram um pouco", disse. Segundo ele, a empresa não pretende se manter na liderança a "qualquer custo", com perdas de margem.

Para o executivo, a classe C deve continuar a puxar as vendas do setor. "Hoje 20,6 milhões de lares não têm computador. Além disso, cresce o número de famílias com mais de uma máquina em casa, além da reposição de equipamentos." Rotenberg também acredita que o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) deve aumentar as vendas. As encomendas do governo, depois de perderem ritmo no primeiro semestre em função das trocas de comando depois das eleições, devem ser retomadas nesta segunda metade do ano. De acordo com Rotenberg, a carteira de encomendas do governo para o segundo semestre está em 250 mil unidades.

A jornalista viajou a convite da Positivo Informática.

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