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PCHs estarão em discussão

No ciclo de debates da próxima quarta-feira, estarão em pauta alguns dos assuntos mais polêmicos do setor energético. Entre eles, estão a viabilidade das fontes alternativas e o abastecimento de gás natural.

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As projeções de que a economia brasileira deve crescer pelo menos 4,5% em 2007 e exibir avanço semelhante nos próximos anos acirraram o debate entre governo federal e representantes do setor energético. Enquanto o governo segue descartando o risco de apagão nos próximos anos, o setor privado avalia que a possibilidade de déficit é crescente. Em meio a essa discussão, ainda existe a controvérsia sobre quais fontes de energia são mais ou menos agressivas ao meio ambiente.

Esses e outros assuntos serão abordados em dez palestras na próxima quarta-feira, durante a quarta edição do ciclo de debates Cenário Brasil, uma realização do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) em parceria com a Gazeta do Povo e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nesta semana, o tema do ciclo – que já abordou rodovias, portos, aeroportos e ferrovias – será energia, e terá a participação de executivos de empresas como Copel, Petrobrás, Compagás, Eletronuclear e outras. O diretor-presidente da Itaipu, Jorge Samek, também participa do evento e vai destacar a importância da hidrelétrica no futuro do setor energético brasileiro. As próximas rodadas de palestras, ainda sem data definida, serão sobre desenvolvimento urbano e meio ambiente e, na seqüência, educação, ciência e tecnologia.

O vice-presidente do IEP, Jaime Sunye Neto, lembra que a maioria dos projetos do setor energético estão parados por questões ambientais. "Todas as formas de geração têm algum risco, e sua viabilidade comercial varia conforme o caso. Independentemente disso, o país não vai se desenvolver sem aumentar a produção de energia", diz o engenheiro. "O que Paraná e o Brasil precisam definir é quais são as melhores opções, do ponto de vista ambiental e econômico." "Grandes empreendimentos em energia levam anos para ficar prontos. E um planejamento mal-feito terá impactos no futuro, como vemos na Argentina, que calculou mal e agora precisa importar energia."

A questão do planejamento será abordada na última palestra da próxima quarta-feira, quando um representante da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do governo federal, vai apresentar o Plano Decenal de Expansão de Energia 2007-2016. Com base em três cenários, o estudo projeta que, até 2015, o consumo de energia vai crescer entre 4,2% e 5,8% ao ano.

Ainda assim, a EPE prevê que o risco de apagão não chegará a 5%, nível considerado aceitável. Para o sistema da Região Sul, o pior momento deverá ser em 2008, quando o risco será de 1,9%. Mas essas projeções já foram questionadas. O Instituto Acende Brasil, que representa investidores do setor, calcula que, se a economia brasileira avançar 4% ao ano e a geração de energia crescer no ritmo esperado pelo governo, o risco de apagão será de, no mínimo, 16,5% em 2011, podendo chegar a 32%.

Serviço: Ciclo de debates Cenário Brasil – Energia. Informações: (41) 3322-9129. Inscrições no site www.iep.org.br.

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