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aviação

Decisão da Anac sobre aeroporto da Pampulha não será cumprida, diz Aécio

Agência revogou portaria que proibia voos nacionais no aeroporto. Anac diz que retomada de voos na Pampulha depende de estudo

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, reagiu nesta terça-feira (23) à disposição da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de autorizar a retomada de voos de jatos partindo do Aeroporto da Pampulha, na zona norte de Belo Horizonte, com destino a outras capitais. "Quero dizer de forma clara que essa decisão da Anac não poderá ser implementada. E não será", disse o governador.

A Anac publicou nesta segunda-feira (22), no Diário Oficial da União, a decisão da diretoria colegiada que torna nula uma portaria de 17 de setembro de 2007 que limitava a operação na Pampulha a aeronaves com capacidade para até 50 passageiros e autorizava voos dentro do Estado ou até Estados limítrofes desde que com escalas em pelo menos uma cidade do interior mineiro.

Aécio Neves acusou a Anac de "desorganizar o processo de crescimento e desenvolvimento da aviação regional" em Minas e de atender apenas à demanda de companhias aéreas.

O governo de Minas tem se posicionado contra a retomada dos chamados voos nacionais e cobra investimentos para a ampliação do terminal em Confins.

A justificativa do governo é de que não há segurança para voos de jatos na Pampulha e que está em vigor um Termo de Ajustamento de Conduta entre a Infraero e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado que proíbe qualquer alteração no limite de aeronaves na Pampulha.

Os voos nacionais foram retirados da Pampulha e transferidos para o Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, por determinação da portaria 1891/DGAC - de março de 2005 - do então Departamento de Aviação Civil (DAC), com apoio da Infraero, do governo estadual e da prefeitura da capital mineira.

A Anac disse que a portaria revogada foi considerada inválida com base em um parecer jurídico, pois contraria a lei de criação da agência. Conforme a Anac, o movimento na Pampulha não sofrerá qualquer alteração até que a agência realize estudos sobre a capacidade operacional do aeroporto, "considerando o terminal, pista, pátio e questões de segurança". "Não há prazo definido para que o estudo seja concluído e não há nenhum novo pedido de voo para aquele aeroporto", ressaltou.

Com capacidade para 1,6 milhão de usuários ao ano, a Pampulha atendia em 2005 praticamente o dobro desse número, gerando um quadro de superlotação, problemas de acomodação e conforto para seus passageiros, além de denúncias de falta de segurança nas operações de voo. O Aeroporto de Confins tem capacidade para 5 milhões de usuários ao ano e está perto de seu limite de passageiros.

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