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São Paulo – A decisão do Comitê de Política Monetária de manter inalterada a taxa de juros pode azedar o humor do mercado financeiro hoje, que parecia ter superado a crise internacional e entrado novamente em um ciclo de recordes. Os maiores ajustes devem ocorrer na negociação de juros na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que ontem previa taxa de 11,06% para novembro. Com a decisão, os juros devem rumar de volta para 11,25%.

A Bovespa também deve reagir com pessimismo, apesar de ser mais influenciada pelo ritmo dos mercados internacionais. Em Nova Iorque, a preocupação é com o resultado dos balanços dos bancos, que tiveram perdas com a crise no mercado imobiliário.

Para José Francisco Gonçalves, economista do Banco Fator, a manutenção dos juros não pega o mercado de surpresa, pois o Banco Central já havia manifestado seu pessimismo com a expectativa de inflação em 2008 tanto na ata da reunião anterior do Copom quanto no relatório de inflação. "Por mais que houvesse uma expectativa de redução (nos juros), ninguém vai perder muito dinheiro com isso. Estava todo mundo preparado para uma pausa [nos cortes]’’, disse.

"Este ano acabou. Não terá mais corte de juros. Há uma clara tendência de aceleração da demanda. O Copom já tinha deixado o caminho aberto para essa pausa na ata e no relatório de inflação’’, disse Rodrigo Eboli, economista do BNY Mellon Asset Management.

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