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Rio de Janeiro – Mais uma vez a decisão sobre o futuro da Varig foi adiada. O juiz da 8.ª Vara Empresarial do Rio, Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de reestruturação da Varig, deveria divulgar ontem sua decisão sobre a proposta dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) para a compra da companhia aérea. O adiamento da decisão pode estar ligado ao fato de que a Justiça estuda novas propostas para a compra da companhia aérea. Fontes que acompanham as negociações da Varig afirmam que há três potenciais investidores interessados na reestruturação da companhia. Além do TGV, estão no páreo também a Syn Logística, de José Carlos Rocha Lima – ex-presidente da VarigLog, da Vaspex e da Empresa de Correios e Telégrafos – além da estatal portuguesa de aviação TAP.

No leilão da companhia aérea, realizado na semana passada, O TGV foi o único a formalizar uma proposta no valor de US$ 449 milhões (R$ 1,010 bilhão), que é quase metade dos US$ 860 milhões avaliados pelos organizadores como preço mínimo para a compra da varig, incluindo operações internacionais e domésticas. Na primeira etapa do leilão, quando o valor mínimo deveria ser obedecido, nenhuma proposta foi apresentada. Na segunda etapa, sem preço mínimo, o TGV fez sua oferta.

No final da semana passada, o juiz Ayoub anunciou que aceitava a proposta do TGV, mas haveria condições. Entre elas, deu mais 48 horas para o grupo dos trabalhadores da companhia explicar a origem dos recursos. O primeiro prazo para a entrega desta documentação estava marcado para segunda, às 14 horas. A documentação não foi entregue. O novo prazo ficou marcado, portanto, para ontem ao meio-dia.

O prazo foi cumprido, mas os trabalhadores da Varig não cumpriram as solicitações da Justiça. Ayoub queria saber qual a origem dos recursos ofertados pelo TGV à Varig. Além disso, pedia uma modificação na forma de pagamento, especificamente sobre as debêntures (títulos da empresa que seriam usados como pagamento). O advogado dos trabalhadores da Varig, Otávio Neves, esclareceu que, caso Ayoub considere imprescindível, o nome do grupo investidor será anunciado. Destacou ainda que a proposta do TGV manterá parte do pagamento pela Varig em debêntures (títulos da empresa), no valor de R$ 500 milhões.

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