Nem mesmo a alta do dólar – que poderia impulsionar as exportações e frear os gastos – impediu que o Brasil registrasse o pior rombo nas contas externas em setembro. O déficit cresceu nada menos que 186% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado de todas as trocas de serviços e comércio com o restante do mundo ficou negativo em US$ 7,9 bilhões. O rombo acumulado nos últimos 12 meses representa 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB), a pior relação desde fevereiro de 2002.

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O déficit de setembro veio muito acima do previsto pelo Banco Central. A aposta da autarquia era de um resultado negativo de US$ 6,7 bilhões. Essa disparada do rombo das contas externas foi provocada pelo déficit da balança comercial em setembro de US$ 940 milhões. O país ainda gastou US$ 4,7 bilhões em serviços.

No ano, as chamadas transações correntes acumulam um rombo de US$ 62 bilhões, outro recorde. Em outubro, deve ser registrado um novo déficit de 6,6 bilhões, segundo a projeção do BC.

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