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O déficit das principais transações brasileiras com o exterior recuou ligeiramente em março, refletindo principalmente uma redução das remessas de lucros feitas pelas filiais de empresas estrangeiras no país. No trimestre, no entanto, o país ainda acumula o maior rombo em termos absolutos da série do Banco Central (BC), um reflexo do fraco desempenho da balança comercial e de gastos ainda elevados na contratação de serviços.

Segundo dados divulgados ontem pelo BC, o déficit nas contas externas nos três primeiros meses foi de US$ 25,2 bilhões, ante US$ 24,7 bilhões no mesmo período do ano passado, o recorde anterior.

O déficit significa que o país gasta mais do que recebe no conjunto de suas operações de comércio, turismo, pagamentos de juros, remessas de lucros de multinacionais e serviços em geral.

Essa diferença deve ser coberta pela atração de capital externo, na forma de empréstimos, investimentos e aplicações financeiras – do contrário, o país perderá reservas em moeda estrangeira.

No trimestre, a balança comercial foi superavitária em só US$ 112 milhões. Expectativa do próprio BC é que esse saldo ainda recue até o fim do ano, em meio a uma demanda externa pouco aquecida e a importações crescentes. O Banco Central prevê ainda que o país fechará o ano com um déficit de US$ 80 bilhões nas transações externas.

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