O faturamento do setor supermercadista paranaense em 2006 deve ser divulgado pela associação local (Apras) entre hoje e amanhã, mas a expectativa é que o número seja um pouco melhor que o nacional.
Wilson Beal, diretor da rede cascavelense Festval, com oito lojas no estado, acredita que alguns concorrentes regionais tenham encerrado o ano com queda mais acentuada do que a média nacional, chegando a 2%. "Mas outras devem revelar um pequeno crescimento", diz. No caso do Festval, a abertura de uma loja nova em Curitiba no fim do ano elevou o crescimento para 2%. Na comparação com o mesmo número de pontos, as vendas ficaram estáveis.
Frederico Kaefer, da rede Super Dip (12 lojas), destaca a queda nos preços como principal entrave aos negócios, ampliada no Paraná pela crise agrícola. Para ele, a deflação sentida em importantes setores da economia (carnes, cereais, frutas e legumes) é prejudicial ao consumidor porque está relacionada à crise de crescimento do país. Mesmo com alta no número de itens vendidos, que o Festval estima em 5%, o preço dos produtos teve queda média de cerca de 3%, o que afetou o resultado final.
O Super Dip deve fechar o balanço de 2006 com faturamento 0,5% maior do que o de 2005. Mesmo com a perspectiva de recuperação de preços em 2007, dado o resultado melhor de janeiro, Kaefer avalia o novo ano com dúvidas. "Estou em parte otimista, mas não vejo a consistência de um bom plano de governo", explica.
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