• Carregando...
 |
| Foto:

Em queda

Expansão da receita no Paraná acompanha curva média do país

Da Redação

A receita do setor de serviços no Paraná também teve em novembro de 2014 o menor crescimento já registrado desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços. A expansão no mês em relação a novembro do ano passado foi de 2,4% – abaixo da média nacional, que somou 3,7%.

No Paraná, a receita se expandiu em quatro setores: serviços prestados às famílias (5,6%), outros serviços (5,3%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,0%) e serviços de informação e comunicação (1,9%).

Houve queda no segmento serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,2%).

Antes dessa sequência negativa, o estado havia registrado 12 meses consecutivos com crescimento de receita nos cinco segmentos pesquisados.

A expansão da receita acumulada em 12 meses é de 6,2%, também a menor já registrada na série histórica da pesquisa.

A forte desaceleração no ritmo de crescimento do setor de serviços no final de 2014 acompanha a redução nas encomendas da indústria, do governo e do comércio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro do ano passado, o setor teve crescimento nominal de apenas 3,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o pior resultado da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços, que teve início em janeiro de 2012.

INFOGRÁFICO: Veja os indicadores do setor de serviço no Paraná

"Os serviços passam por uma desaceleração provocada por uma redução no consumo das famílias, das empresas, principalmente industriais, e até do governo, que estão cortando seus custos e demandando menos serviços", explicou Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Se descontada a inflação, a receita dos serviços caiu 4,6% em novembro, o nono mês seguido de recuo, apontam os cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade prevê que o setor encerre 2014 com queda real superior a 2,5%, levando em consideração a inflação de serviços acumulada em 12 meses, que gira em torno de 8,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A desaceleração do setor é preocupante devido ao peso que a atividade tem no mercado de trabalho, alertou Fabio Bentes, economista sênior da CNC. "O setor é o maior empregador e responde também por mais da metade da criação de vagas nos últimos anos", ressaltou.

Bentes acredita que o mau momento do segmento deve começar a se espalhar para a economia brasileira. "Com menos renda e menos vagas criadas, a ajuda que o setor vai dar para a economia em termos de crescimento econômico tende a ser menor", ponderou.

Fraqueza

O IBGE avalia que é a própria perda de força da atividade que tem afetado os serviços. O ramo de publicidade e pesquisa de mercado, por exemplo, recuou 5,8% em novembro. "Quem anuncia na mídia são empresas e elas começam a cortar gastos em publicidade e propaganda", disse Saldanha.

Já o ramo de aluguéis não imobiliários amargou uma queda de 6,6% na receita no período. "São aluguéis de máquinas e equipamentos, de andaime, máquina para a engenharia civil, geradores. Quem contrata isso são empresas de engenharia. Se elas não têm serviço, também não tem contratação de máquinas e equipamentos", lembrou o técnico do IBGE.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]