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Os funcionários da fábrica da montadora Nissan em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, não serão atingidos pelo corte de 20 mil postos de trabalho anunciado pela empresa nesta segunda-feira (9). A informação é da assessoria de imprensa da montadora no país. Todas as demissões, segundo a Nissan, serão realizadas no Japão, Europa e Estados Unidos. A empresa informou, no entanto, que continuará monitorando as tendências do cenário econômico e que futuramente fará nova avaliação sobre a necessidade de medidas de redução de custos.

A única fábrica da montadora no Brasil fica em São José dos Pinhais e é compartilhada com a Renault, no complexo Ayrton Senna. Desde 2002, a Nissan produz uma linha de automóveis utilitários na filial paranaense, que conta com 250 funcionários na área administrativa e 580 na linha de produção.

O novo programa de recuperação da Nissan surgiu no momento em que a montadora revelou um prejuízo líquido de 83,2 bilhões de ienes (US$ 909,626 milhões) em seu terceiro trimestre fiscal, encerrado em 31 de dezembro. O resultado contrasta fortemente com o lucro de 132,22 bilhões de ienes no mesmo período do ano anterior. Foi o primeiro prejuízo da montadora desde que ela começou a revelar dados trimestrais, em 2003.

Para este ano fiscal, que se encerra em março, a Nissan prevê um prejuízo líquido de 265 bilhões de ienes - o primeiro resultado anual negativo desde março de 2000. É também o primeiro prejuízo desde que o brasileiro Carlos Ghosn assumiu o comando da companhia, em 2000, quanto a tirou da beira da falência. Os profundos cortes de empregos marcam um sério revés para Ghosn, que era celebrado no Japão por salvar a empresa. Nos últimos anos ele vinha sendo considerado o maior administrador industrial do mundo, creditado por ter conseguido forjar a complexa aliança entre a Nissan e a Renault.

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