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O coordenador de indústria do IBGE, Silvio Sales, informou nesta terça-feira (2) que dentre as 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, 17 registraram aumento na produção em julho ante junho. Os destaques, em termos de influência na alta de 1,1% na indústria ante o mês anterior, foram outros produtos químicos (4,2%), edição e impressão (5,6%) e máquinas e equipamentos (2,0%). Os principais impactos negativos foram dados, nessa ordem, por material eletrônico e de comunicações (-7,6%), veículos automotores (-1,2%) e bebidas (-3,0%).

Na comparação com julho de 2007, os principais impactos positivos para a expansão industrial de 8,5% foram dados por veículos automotores (17,3%), máquinas e equipamentos (12,6%) e metalurgia básica (10,0%). Os principais impactos negativos, nesse indicador, ficaram com madeira (-13,7%) e material elétrico e de comunicações.

Juros

De acordo com Sales, a alta da taxa básica de juros, a Selic, iniciada em abril deste ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ainda não teve efeito sobre os resultados da produção industrial, como mostram os dados de julho. "Os efeitos dos juros chegariam antes no varejo e isso não apareceu ainda", afirmou.

Ele observou que, na indústria, os juros afetariam primeiro as decisões de investimentos, mas os robustos dados de bens de capital (máquinas e equipamentos) mostram que isso ainda não ocorreu.

Ainda de acordo com Sales, não há sinal de arrefecimento da demanda nos dados da indústria. Ele sublinhou que o recuo de 5 2% na produção de bens de consumo duráveis em julho ante junho está muito mais relacionada ao aumento das importações do que à diminuição da demanda por esses produtos. "No caso dos duráveis, é preciso olhar para o varejo, não há arrefecimento da demanda", disse. As importações de duráveis aumentaram, em valor, 78% em julho ante igual mês do ano passado.

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