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O comércio para a alta renda não passou incólume pela crise, mas vem se recuperando nos últimos meses. "Em um primeiro momento houve um aumento do pessimismo em função das perdas no mercado financeiro e nas exportações por parte dos empresários. Mas, aos poucos o ritmo de compras dos clientes voltou ao normal. Não tivemos redução de vendas", afirma Marcia Cardoso de Almeida, diretora da Bazaar Fashion, que vende roupas e acessórios e é conhecida como uma espécie de "Daslu de Curitiba".

Para Jo Maciel, diretora da Associação de Lojistas do Batel Soho, a gripe suína e o inverno rigoroso também contribuíram para a redução do fluxo de pessoas. "Mas nos últimos meses este movimento vem crescendo", diz.

A empresária Eliana Veiga abriu o espaço de decoração Montuanni Casa em pleno furacão da crise, em dezembro do ano passado. "Tínhamos um certo receio, mas a partir de fevereiro as vendas ganharam ritmo. Cumprimos nossas metas e em 2010 queremos crescer 50%", diz ela, que vende peças que vão de R$ 50 a R$ 75 mil.

Carros

A venda de veículos de luxo também deslanchou em função da volta do crédito e dos benefícios como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Mas ainda pairam incertezas sobre esse mercado segundo Pedro Colares, gerente comercial do grupo Honda Niponsul, que vende carros com preços de R$ 52 mil a R$ 105 mil. "Este ano foi marcado por ciclos de vendas. Alguns meses foram fortes e outros muito fracos. Depois de setembro, último período de redução toral do IPI, as vendas estão decepcionando", diz. Para Colares, o atraso no pagamento da restituição do Imposto de Renda, o aumento do crédito para incentivar a venda de imóveis e o dólar baixo, que favorece as viagens internacionais, estão "tirando" vendas do comércio de carros mais caros.

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