• Carregando...

Depois de dois dias de alta, o mercado de câmbio voltou a ficar vendedor e o dólar fechou em baixa de 0,83%, cotado a R$ 2,263 na compra e R$ 2,265 na venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que chegou a operar no inédito patamar dos 36 mil pontos, inverteu a tendência e caía 0,39% às 17 horas, aos 35.810 pontos.

Segundo analistas, o mercado corrigiu parte das altas dos últimos dias. Elas foram geradas por especulações em torno da queda dos juros e de supostas mudanças no câmbio. Com o cenário amplamente favorável e as grandes posições "vendidas" dos bancos, a cotação voltou a ceder.

- A puxada dos últimos dois dias não foi consistente, porque não foi gerada por fatos concretos. O mercado relaxou em relação às especulações, mas continua cauteloso, porque sabe que este ano não será de queda tão forte quanto 2005 - disse Hideaki Iha, operador da corretora Souza Barros.

O analista ressalta que o dólar vem oscilando em um patamar pequeno, entre R$ 2,25 e R$ 2,28. Abaixo de R$ 2,25 a cotação atrai compradores. Acima de R$ 2,28, atrai vendedores. A manutenção desse pequeno intervalo mostraria a cautela do investidor, que assiste as compras do Banco Central, a queda dos juros e a proximidade das eleições presidenciais.

O Banco Central vendeu 8.600 contratos de swap reverso, equivalentes a US$ 405 milhões. Também comprou dólares no mercado à vista, como tem feito diariamente. Os investidores especulam sobre o fim dessas compras, que geram alto custo para o BC e não evitam que a cotação opere abaixo dos R$ 2,30.

As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam em baixa, com os investidores à espera da definição dos juros básicos da economia. Apesar da queda das projeções, a maioria das apostas indica um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic na próxima semana, quando ocorre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Uma menor parte das apostas prevê um corte de 0,75 ponto na taxa.

A principal notícia do dia para o mercado de juros foi o resultado do IPCA de 2005. O indicador mostrou desaceleração da inflação em dezembro e fechou o ano com alta de 5,69%. O número foi bem recebido pelos mercados em geral, uma vez que ficou dentro da margem de tolerância da meta do Banco Central.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de julho fechou com taxa de 16,65% ao ano, contra 16,68% do fechamento de quarta-feira. A taxa de outubro recuou de 16,35% para 16,32% anuais. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa reduzida de 16,13% para 16,12% ao ano. A taxa Selic é hoje de 18% anuais.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]