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Os deputados alemães farão na quinta-feira (19) uma votação sobre a ajuda massiva aos bancos espanhóis, sobre a qual a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que não haverá surpresas e que será acordado o empréstimo de até 100 bilhões de euros aos bancos da Espanha.

Merkel disse ainda que não irá pessoalmente defender este plano de resgate e que enviará a seu ministro de Finanças, Wolfgang Schaüble.

"Teremos a maioria da qual necessitamos, neste caso uma maioria simples no Bundestag, para acordar a Espanha um empréstimo de até 100 bilhões de euros, disse Merkel no domingo à televisão alemã, acabando com o suspense sobre o resultado da votação.

A chanceler, que também é a chefe da união de partidos conservadores CDU/CSU, esquivou o debate sobre a importância desta maioria.

As deserções em seu campo lhes obrigaram em várias ocasiões nos últimos meses a apoiar-se nos votos da oposição (o partido social-democrata SPD e os Verdes).

O SPD já autorizou um voto a favor da ajuda à Espanha, motivo pelo qual Merkel não deverá nesta quinta-feira buscar apoio entre os seus.

Estes poucos deputados do partido conservador bávaro CSU e a formação liberal FDP têm se negado a comprometer ainda mais a Alemanha no processo de resgate da moeda única.

A chanceler, com sua popularidade em alta segundo as pesquisas de opinião, recordou no domingo que "quando os votos de sua maioria foram necessários, ela sempre os obteve".

Críticas ao Tribunal Constitucional

Os mercados poderão contabilizar na quinta-feira os votos de um ou outro campo do Bundestag, mas lhes interessa ainda outra instituição alemã, inevitável na crise da zona do euro: o Tribunal Constitucional de Karlsruhe (oeste).

A mais alta instância alemã analisa as ações que têm por objetivo congelar a ratificação, já votada pelo Parlamento, de um novo mecanismo de resgate para a zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), destinado a substituir o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

Ante a surpresa geral, na semana passada o Tribunal deu a entender que levaria vários meses para emitir um aval, e não três semanas como esperavam os comentaristas. A data definitiva foi fixada na segunda-feira passada: será 12 de setembro.

Caso o Tribunal rejeite o MEE, privando-o de seu provedor de fundos mais importante (Alemanha), "isso provocaria um caos absoluto nos mercados", disse Carsten Brzeski, economista da ING.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou que a lentidão do Tribunal "não ajudará verdadeiramente".

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