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A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) convocou nesta segunda-feira (29) a Zara para que explique as denúncias que pesam sobre a multinacional espanhola ao contratar serviços de oficinas que mantêm funcionários em "condições análoga à escravidão", informaram fontes oficiais.

O representante da Zara Brasil, Enrique Huerta González, foi convidado a depor na próxima quarta-feira perante a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos depois que o Ministério do Trabalho emitisse 52 atas de infração das normas trabalhistas contra uma provedora da companhia espanhola.

Além de Huerta González, também foram convocados os sócios e administradores da empresa AHA, provedora da Zara, Seong Hee Lee e Cyro Leal Mendes, assinalou a Alesp em comunicado.

Uma inspeção trabalhista denunciou no mês de julho que duas oficinas de São Paulo que fabricavam roupa para AHA, que fornece 90% de sua produção para a Zara, empregavam mão-de-obra submetida a vigilância intensiva e com jornadas trabalhistas de mais de 12 horas.

A Superintendência Regional de Trabalho informou então que nesses dois centros havia 13 homens bolivianos, uma peruana e um adolescente de 14 anos, o que podia constituir um delito de trabalho infantil.

As oficinas apresentavam condições de precariedade sem respeitar as normas de saúde e segurança do trabalho.

A instalação de uma CPI para investigar as condições trabalhistas no estado foi pedida nesta segunda-feira pelo deputado Carlos Bezerra (PSDB) e foi aprovada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos.

Ao conhecer as denúncias contra AHA, o grupo Inditex, proprietário da Zara, assinalou que reforçará em colaboração com o Ministério do Trabalho do Brasil a revisão do sistema de produção de suas provedores para garantir que seus funcionários não são explorados.

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