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A perspectiva de contínua desaceleração da atividade econômica e inflação sob controle devem abrir espaço para que o Banco Central faça mais um corte agressivo da taxa de juro em março, mas o ciclo de alívio monetário deve ser limitado a 2009, mostra pesquisa divulgada nesta segunda-feira (16).

De acordo com levantamento semanal feito pelo próprio BC com analistas e empresas no país, o quadro econômico que se projeta para 2009 e 2010 é de redução no ritmo de crescimento da economia.

Para este ano, os analistas cortaram mais uma vez suas estimativas de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), desta vez apontando um crescimento de 1,5 por cento, abaixo dos 1,7 por cento estimados no levantamento anterior. Para 2010, a estimativa que até então era de expansão de 3,8 por cento, passou agora para 3,6 por cento.

Diante deste quadro, os cálculos feitos pelos analistas consultados pelo BC indicam um novo corte agressivo do juro em março, repetindo o tamanho da redução promovida em janeiro, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic em 1 ponto percentual, o primeiro corte desde setembro de 2007 e o mais acentuado desde 2003.

De acordo com a pesquisa, a Selic deverá cair dos atuais 12,75 por cento para 11,75 por cento em março, após a reunião dos dias 10 e 11. Até o final do ano, a taxa sofrerá novos cortes, encerrando o exercício em 10,50 por cento.

O ciclo de cortes ficará restrito ao ano de 2009, uma vez que os analistas indicam que a Selic deve encerrar o ano de 2010 no mesmo patamar projetado para o fechamento de 2009.

PREÇOS SOB CONTROLE

Além da desaceleração econômica esperada, outro fator que sustenta as estimativas de mais cortes dos juros é a projeção para o comportamento da inflação ao longo do período.

Para 2009, os analistas esperam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registre uma alta de 4,69 por cento, levemente abaixo dos 4,73 por cento projetados na pesquisa passada.

A tendência dos preços seria manter o ritmo de desaceleração ao longo do próximo ano, quando encerraria com alta de 4,5 por cento.

A meta de inflação definida pelo governo para 2009 e 2010 é de 4,5 por cento, com margem de variação de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.

Os demais indicadores apurados na pesquisa semanal do BC não sofreram alterações.

Para o câmbio, os analistas mantém a aposta que o dólar encerrará 2009 valendo 2,30 reais e será cotado a 2,28 reais em dezembro de 2010.

Em termos de contas externas, as estimativas continuam apontando um déficit em transações correntes de 25 bilhões de dólares em 2009 e um superávit de 14 bilhões de dólares para a balança comercial.

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