Terminal volta a funcionar, depois de seis meses parado| Foto: Rodrigo Leal/Divulgação Appa

O Terminal Público de Álcool no Porto de Paranaguá vai ter a operação retomada. A desembargadora do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) Sílvia Maria Gonçalves Goraieb cassou a liminar de primeira instância, que suspendia a operação do terminal. A decisão permite a imediata retomada do funcionamento da unidade. As atividades foram suspensas no local em novembro do ano passado, após ser acatada uma ação civil proposta pelo Ministério Público Federal (MPF).

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Na ação, o MPF denunciava irregularidades ambientais da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e nas licenças e autorizações concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para implantação e operação do terminal de armazenamento, embarque e desembarque de álcool. Segundo o MPF, as atividades do terminal público ofereciam risco às famílias que moram nas vilas Becker e Canal do Anhaia, vizinhas à unidade.

Segundo informações da Agência Estadual de Notícias (AEN), a retomada do funcionamento do terminal vai garantir uma maior competitividade ao setor sucroalcooleiro paranaense, com a redução dos custos de exportação. De acordo com o governo, as taxas de operação pelo terminal público são aproximadamente 50% inferiores às cobradas pelos terminais privados.

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Ao suspender a liminar, a desembargadora Sílvia Goraieb argumenta que "o pressuposto fundamental para a concessão da medida suspensiva é a preservação do interesse público diante de ameaça de lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas." "(...) Enquanto o Terminal Público estiver paralisado, os quatro terminais privados, ao lado dos quais convivem a Vila Becker e Canal do Anhaia, e que oferecem mais risco, continuam operando normalmente, em prejuízo dos contratos já firmados para o escoamento da safra de 2009, e cujo descumprimento importará pesadas multas à administração pública", afirmou a magistrada em seu despacho.

O prejuízo aos trabalhadores com a suspensão do funcionamento do Terminal Público de Álcool de Paranaguá, também, foi levado em consideração na decisão da magistrada. Representantes do setor calculam prejuízo financeiro de R$ 2 milhões com a paralisação do terminal público, nestes seis meses. Segundo informações da Appa, com a retomada das operações, mais de 60 trabalhadores da região, que haviam perdido seus empregos por causa da ação judicial proposta pelo MPF, serão recontratados. Ao todo, a unidade irá empregar cerca de 120 trabalhadores, diretos e indiretos.

A suspensão da liminar restabelece, ainda, a competência do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) – também questionada na ação do MPF - para conceder o licenciamento para as atividades do Terminal Público de Álcool.

Capacidade

De acordo com a assessoria de imprensa da Appa, o Terminal Público de Álcool de Paranaguá é composto de oito tanques com capacidade para 5.375 metros cúbicos cada, sendo que sete deles se destinam à armazenagem de álcool, totalizando 37.800 m3, e um ao armazenamento de água para combate a incêndio. Os tanques são isolados por bacias de contenção que evitam a dispersão do produto em eventuais vazamentos.

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