A taxa de desemprego da Região Metropolitana de Curitiba fechou fevereiro em 4,5%, segundo levantamento da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Somente Curitiba e Salvador apresentaram queda na taxa entre as sete regiões metropolitanas pesquisadas. Em janeiro, a taxa de desocupação na cidade ficou em 4,8%.
De acordo com o diretor do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima, o recuo da taxa se dá pela menor pressão da oferta de trabalho sobre a demanda por mão de obra no setor produtivo. "Entre janeiro e fevereiro, o indicativo é de recuperação da ocupação no setor de comércio ao lado de um declínio na área de saúde, educação e administração pública, e de estabilidade em setores como indústria e construção civil", afirma.
O rendimento médio real do trabalhador curitibano não teve cenário tão positivo. O rendimento dos trabalhadores da RMC continua acima da média nacional, mas fechou o mês em queda de 2% se comparado com o mês anterior, com uma média de R$ 1.913,90.
No Brasil, a taxa de desemprego ficou em 5,6%, levemente acima do registrado em janeiro, quando a desocupação fechou o mês em 5,4%. Para o cálculo, o IBGE não leva em conta o desempenho curitibano no período.
Futuro
De acordo com Nojima, a perspectiva é de manutenção das taxas de desemprego para os próximos meses. "A recuperação da produção industrial e dos reflexos favoráveis da comercialização da safra agrícola sobre a renda no campo, no país e no Paraná, reforçam o cenário de baixas taxas de desocupação nos próximos meses", completa.
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