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A taxa de desemprego no país ficou estagnada em 6,8% na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi ligeiramente menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a taxa de desocupação foi de 6,9%. O mercado de trabalho criou 217 mil novas vagas no terceiro trimestre, mas houve piora na qualidade do emprego. O número de postos de trabalho com carteira assinada no setor privado recuou pela primeira vez na pesquisa, iniciada em 2012. A queda equivale à extinção de 227 mil empregos formais, sendo a região Sudeste responsável por 84% dessas vagas eliminadas. "Isso chama atenção porque 52% do emprego com carteira vêm do Sudeste. Então mostra que a queda foi mais acentuada nessa região", apontou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Por outro lado, em relação ao terceiro trimestre de 2013, o emprego com carteira assinada aumentou 2,9%, com 1,017 milhão de vagas formais a mais em um ano. A inatividade acompanhou o salto. O total de inativos no país aumentou 2,8%, com a saída de 1,758 milhão da força de trabalho. O movimento tem se dado de forma mais intensa na região Sudeste, onde ficam três das seis regiões metropolitanas que integram a Pesquisa Mensal de Emprego,também do IBGE.

Região

O Sudeste foi responsável por 77% desse contingente que deixou o mercado de trabalho no terceiro trimestre deste ano. Para especialistas, o aumento da inatividade na região tem sido causado por uma atividade econômica local mais fraca em comparação à de outras regiões. No Nordeste, cuja economia tem crescido de forma mais rápida, o número de inativos até diminuiu. "Isso pode estar relacionado com o fato de o Sudeste ter uma concentração maior da indústria, setor que apanhou mais no último ano", avaliou o economista Bruno Campos, da LCA Consultoria Integrada.

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