• Carregando...

O professor da área de finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Pisitelli considera normal que existam grandes diferenças entre a população de cada região brasileira e a quantidade de tributos que ela arrecada. "As Regiões Sul e Sudeste sempre foram as mais desenvolvidas e São Paulo já concentrou mais ainda a quantidade de indústrias. Isso expressa as desigualdades regionais do nosso país", diz. Para Pisitelli, o retorno parcial destes investimentos aos estados que geram a receita é uma questão política, mas que é válida "para um mínimo de equilíbrio no país". De acordo com o professor, todos os brasileiros têm responsabilidade social de contribuir com as partes mais pobres do país.

"O que deveríamos discutir é o nível de redistribuição, para destinar os recursos de acordo com o esforço de arrecadação dos estados e municípios", opina. Pisitelli questiona as políticas de benefícios fiscais impostas pelos estados, o que acaba gerando as chamadas "guerras fiscais" para atrair grandes empresas – como o Paraná fez, na década passada, ao retardar o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para cortejar as montadoras de veículos. O resultado é que estados mais pobres têm dificuldade ainda maior para atrair investimentos, o que pode ajudar a perpetuar a pobreza. "Precisamos verificar se esses benefícios são eficientes, se o efeito é satisfatório e estabelecer metas na implantação deles para verificar depois se vale a pena", propõe Pisitelli. (MS)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]