• Carregando...

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria dito nesta quarta-feira (8) que o governo está combatendo dirigentes de bancos públicos que se comportam como presidentes de bancos privados. A declaração da ministra teria sido feita durante encontro com sindicalistas e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao responder sobre a questão dos juros. Na opinião da ministra, segundo relato de dois sindicalistas, os bancos públicos perdem razão de existir se partem para lucros reais de 20% a 30%.

"A lógica do banco público não deve ser a do banco privado", afirmou a ministra, de acordo com relato dos sindicalistas. Dilma coordenou parte da reunião, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atendia, por telefone, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.

No final da manhã, Lula confirmou a saída do presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, mas evitou comentar os motivos do afastamento do executivo. Diante das insistências de jornalistas em busca de mais detalhes sobre se a saída era motivada pelos spreads bancários praticados pelo banco, Lula respondeu: "a redução do spread bancário neste momento é uma obsessão minha." Spread é a diferença entre o custo pago pelo banco para captar recursos e o juro que ele cobra dos clientes.

"Nós precisamos fazer o spread voltar à normalidade no País. Este é um dado. O Guido (Mantega, ministro da Fazenda) sabe disso; o BB sabe disso; a Caixa sabe disso e o Banco Central sabe disso", completou . "Não há nenhuma necessidade de o spread bancário ter subido tanto no País de julho até agora", afirmou. O presidente disse que "obviamente, que quem tem bancos públicos como o Brasil, pode começar a fazer a tarefa de reduzir o spread bancário".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]