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A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista publicada nesta quinta-feira (17) que o governo federal fará uma intervenção nos aeroportos do país que incluirá concessões e a atração de investimentos privados para o setor.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, a presidente reiterou que não negociará o combate à inflação, e disse que o governo mira o centro da meta de inflação, que é de 4,5 por cento para este ano. Ela também repetiu que o Banco Central é autônomo e que o governo federal "cortará as unhas" dos gastos de custeio.

Sobre os aeroportos, considerados uma questão essencial para a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 no país, Dilma afirmou que o modelo que será adotado pelo governo será misto, incluindo dinheiro público e privado. "Não temos preconceito para nenhuma forma de expansão do investimento nessa área", disse.

Dilma afirmou que pretende editar até o final deste mês uma medida provisória para a criação da Secretaria de Aviação Civil, que terá status de ministério e englobará órgãos como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Infraero.

Ao comentar sobre economia, Dilma disse ao jornal que "eu não negocio com a inflação" e afirmou ter "certeza" que o país crescerá entre 4,5 e 5 por cento neste ano.

"Eu não permitirei que a inflação volte ao Brasil. Não permitirei que a inflação volte sob qualquer circunstância", assegurou a presidente, que garantiu ainda que o Banco Central em seu governo será profissional e autônomo.

"Eu não vejo o Tombini há um mês, não falo e não vejo", disse a presidente ao jornal se referindo ao presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.

"Não sei se estão tentando diminuir a importância desse BC... Porque não tem gente do mercado na sua diretoria", acrescentou sem, no entanto, descartar a entrada de profissionais vindas do mercado na instituição no futuro.

Reformas

Na entrevista, a presidente foi questionada sobre as reformas tributária e da Previdência, que analistas veem como necessárias para garantir um crescimento sustentável da economia.

"Não vamos tirar direitos do trabalhador, não. Não vem que não tem", disse ela sobre ao descartar uma reforma da Previdência Social.

Dilma disse, por outro lado, que o governo tentará fazer com que o Congresso vote a regulamentação da previdência pública que já tramita no Parlamento.

Sobre a reforma tributária, a presidente afirmou que o governo não pretende enviar uma reforma ao Congresso, mas sim medidas tributárias. A presidente disse ainda não poder adiantar quais seriam essas medidas, e disse que o governo pretende adotá-las neste semestre.

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