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Os pré-candidatos à Presidência da República que ocupam as duas primeiras posições nas pesquisas eleitorais comentaram a disputa sobre os royalties do petróleo. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), defendeu na noite desta terça-feira (16) a necessidade de reavaliar a questão. Já o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou em seu twitter na madrugada desta quarta-feira (17) que não se pode "arruinar" o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

O debate ganhou força depois que na semana passada a Câmara aprovou uma emenda que divide os recursos da exploração de petróleo no mar, inclusive fora do pré-sal, entre todos os estados e municípios de acordo com critérios dos fundos de participação. Com isso, os estados produtores, principalmente Rio de Janeiro e Espírito Santo, teriam grande perda de arrecadação nesta rubrica.

A manifestação de Dilma foi feita na entrada de um jantar com parlamentares de PTB na noite de terça-feira. Ela defendeu que o Senado construa um acordo que aumente a participação de todos, mas reserve parte dos recursos para os produtores. "Há um posicionamento claro do governo em relação ao que acreditamos que era o correto, que é ter a dupla orientação de contemplar os estados produtores e, ao mesmo tempo, pegar uma parcela e distribuir para todos os estados".

Serra, no serviço de microblog twitter, deu sua opinião respondendo a um questionamento de um eleitor. O tucano afirmou também que é preciso conciliar os interesses de todos, mas sem causar grandes prejuízos aos produtores. "É correta a preocupação de beneficiar todo o país com o petróleo, mas não se pode arruinar o Rio e o Espírito Santo".

O tucano afirmou já ter levado esta mesma opinião ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião realizada em agosto do ano passado junto com os governadores Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Paulo Hartung (PMDB-ES). Foi nesta reunião que Lula decidiu retirar a discussão dos royalties dos projetos do pré-sal. Na Câmara, no entanto, o tema foi reintroduzido pelo relator, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e acabou com a aprovação da emenda de Ibsen Pinheiro (PMDB-RS).

Ciro Gomes

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), foi o primeiro entre os pré-candidatos a comentar a aprovação da emenda Ibsen. Na sexta-feira (11) em entrevista à rádio CBN, ele disse que Cabral foi "inábil" nas negociações do pré-sal na Câmara.

O deputado criticou a aprovação da emenda. "A emenda Ibsen é um exagero. É preciso que o fluminense não aceite essa tentativa de manipulação", disse.

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