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Suponhamos que o leitor tenha esquecido uma nota de R$ 100 em uma dobra qualquer de um bolso ou de uma bolsa, em dezembro de 2007. (Ei, não ria ainda, é apenas uma suposição!) Agora digamos que tenha aproveitado estas primeiras semanas de 2013 para fazer uma limpeza no guarda-roupas. E lá está a nota.

Qualquer um ficaria feliz em encontrar uma nota grande assim, de forma inesperada. Nesse caso, entretanto, é melhor frear um pouco seu entusiasmo. Para ser preciso, sugiro que fique 30,7% menos contente – esse é o valor da inflação acumulada nesse período de cinco anos.

Inflação é isso. Ela age como um cupim, comendo parte do poder de compra a cada mês. Por isso ela é tão ruim. Apesar de o Brasil ter vencido aquela terrível inflação de quatro dígitos que tivemos nos anos 80 e 90, ainda estamos bem distantes de taxas civilizadas. Desde o início do Plano Real, em 1994, apenas em uma ocasião tivemos inflação abaixo de 2%.

O governo atual e o anterior têm comemorado o aumento na renda média do brasileiro e o fato de que um enorme contingente de brasileiros deixou a pobreza. Mas a inflação é uma contínua ameaça a esses ganhos: a renda cresce, mas a inflação impede que os efeitos desse aumento sejam perenes. É preciso combatê-la com mais vigor.

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