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Distribuidoras de combustíveis afirmam que não têm como reduzir o preço da gasolina e do álcool em Londrina por se tratar de "uma questão de mercado". O combustível vendido na cidade é um dos mais caros do Paraná. A alegação das distribuidoras foi feita ontem, durante uma reunião dos representantes com o promotor de Defesa do Consumidor, Miguel Sogaiar, que teve a participação de outros empresários do setor.

"Trabalhamos seguindo o mercado. Se o mercado permite que tenhamos margem maior, nós acompanhamos; se o mercado não permite... O que queremos é ser competitivos acompanhando o que o mercado dita", afirmou o coordenador de Assuntos Reguladores e Legais da Esso, Hélvio Rebeschini. Também estiveram na reunião representantes da Ipiranga, da Shell, da Texaco e da BR, que repetiram o argumento: o preço é definido pelo mercado.

A questão chamou a atenção do promotor por que o representante da Refinaria Getúlio Vargas (da Petrobrás), Ernesto Galvão Ramos de Carvalho, disse que a refinaria, que fica em Araucária (região metropolitana de Curitiba), repassa combustível para as distribuidoras que atuam no Paraná e em Santa Catarina. Carvalho confirmou que o combustível é vendido ao mesmo preço para todas as distribuidoras, havendo pouca variação se o produto é comprado à vista ou a prazo.

Tanto os representantes dos postos, quando das distribuidoras solicitaram a intensificação da fiscalização a postos que sonegam impostos, praticam a bomba baixa (vendem menos combustível do que o indicado na bomba) ou vendem produto adulterado.

O promotor Sogaiar afirmou que irá continuar a cobrança às distribuidoras para que abaixem o valor do combustível vendido em Londrina, como fizeram alguns postos. Disse que o MP não tem a estrutura necessária para fazer uma auditoria nos postos, mas que o assunto está sendo estudado.

Para ele, a reunião foi boa porque indicou que os órgãos de fiscalização (vários participaram da audiência) estão atentos. "Não queremos lançar mão de ações, mas se preciso for, iremos tomar as medidas judiciais [para o combustível reduzir de preço]. Mas não é só preço que deve ser considerado, mas também qualidade, bomba baixa e sonegação fiscal", enfatizou.

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