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A dívida mobiliária federal interna (em títulos públicos) encerrou 2006 em R$ 1,093 trilhão. Com isso, o governo conseguiu um resultado mais positivo que o previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF), que projetava um intervalo entre R$ 1,13 trilhão e R$ 1,20 trilhão para o fechamento do ano. Somente em dezembro, a dívida subiu 1,1% devido aos juros que corrigem o estoque. Já no ano, ela teve um aumento de nada menos que R$ 113,84 bilhões, ou 11,6%.

A parcela prefixada do endividamento fechou dezembro em 36,1%, contra 35,2% de novembro devido a uma emissão líquida de R$ 10,1 bilhões de LTN/NTN-F e a um resgate líquido de R$ 11,1 bilhões de LFTs. Com isso, a parte em papéis prefixados, considerados melhores para o gerenciamento da dívida, encerrou o ano no maior valor da série histórica do Tesouro Nacional e próxima ao limite superior do PAF, que previa um resultado entre 28% e 37% para 2006.

Segundo o coordenador da dívida pública, Ronnie Tavares, os títulos prefixados se tornarão predominantes na dívida mobiliária federal interna no primeiro semestre de 2007. O governo vem trabalhando para aumentar a participação desses papéis no endividamento, mas eles ainda perdem para os pós-fixados. Os prefixados fecharam 2006 com uma participação de 36,13% no estoque, enquantos os títulos atrelados à Selic ficaram em 37,83%.

- A parcela prefixada vai se tornar predominante na dívida no primeiro semestre de 2007. Isso é importante porque traz uma previsibilidade maior sobre esse endividamento - disse Tavares.

Ele explicou que os títulos prefixados já foram predominantes na dívida em 1997, mas o quadro era menos favorável, pois o prazo médio da parcela prefixada era de apenas três meses. Hoje, esse prazo é de 12,68 meses.

Tavares também comemorou o alongamento da dívida e o fato de seu prazo médio ter ficado em 31,06 meses em 2006. Isso porque, no fim de 2005, ele era de 27,37 meses.

- Não havia um aumento do prazo médio desde 2001. Em 2006, no entanto, o cenário foi favorável tanto no mercado interno quanto no mercado externo. Isso fez com que os investidores tivessem mais apetite por títulos de prazos mais longos - disse Tavares.

A participação dos títulos corrigidos pela Selic na dívida caiu de 38,9% para 37,8% em dezembro também pela emissão de prefixados e pelo resgate de pós-fixados no período. O intervalo previsto no PAF para esses papéis era de 18% a 24%. Já a parcela corrigida pela variação da taxa de câmbio permaneceu estável em 1,3% do total da dívida no último mês do ano, apesar de uma apreciação de 1,33% do real frente ao dólar no período. Pelo PAF, o percentual deveria variar entre 1% e 3%.

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