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A dívida mobiliária interna do governo federal encerrou 2006 em 1,093 trilhão de reais, cumprindo a meta estabelecida pelo Tesouro Nacional em seu Programa Anual de Financiamento (PAF).

No ano, a dívida interna em títulos cresceu 114 bilhões de reais. Pelo PAF, a dívida poderia encerrar 2006 entre 1,13 bilhão e 1,2 bilhão de reais.

A apropriação de juros garantiu um aumento de 142,1 milhões de reais na dívida. Mas os resgates líquidos, que somaram 28,3 bilhões de reais, acabaram amenizando o impacto dos juros sobre o total da dívida.

O perfil do endividamento também ficou, em geral, dentro das metas do PAF. A exceção foi a participação dos papéis atrelados à Selic -que teve, no entanto, desempenho mais favorável que o previsto.

O coordenador da Dívida Pública, Ronnie Tavares, comemorou o que considerou um ano ``bastante produtivo'' para o gerenciamento da dívida. Ele destacou que o alongamento dos prazos do papéis, em particular, sinaliza uma ``redução do risco de refinanciamento do Tesouro''.

A parcela dos títulos prefixados, considerados melhores para o gerenciamento da dívida por darem mais previsibilidade, somou 36,13 por cento do total, frente à meta de 28 a 37 por cento.

Os papéis atrelados à Selic e ao câmbio representaram 37,83 por cento e 1,30 por cento, respectivamente. A meta para os papéis ``selicados'' era de 39 a 48 por cento e, para os cambiais, de 1 a 3 por cento.

Os títulos corrigidos por índices de preços responderam por 22,54 por cento do total da dívida, ante meta de 18 a 24 por cento.

As metas estabelecidas no PAF não levam em conta os contratos de swap cambial negociados pelo Banco Central.

Levando em conta esses contratos, os papéis corrigidos pela Selic fecharam 2007 em 40,23 por cento do total. Os papéis atrelados ao câmbio tiveram participação negativa de 1,10 por cento da dívida em dezembro.

Prazos

O prazo médio da dívida ao final de 2006 era de 31,06 meses, frente à meta de 30 a 35 meses. Foi a primeira vez desde 2001 que o prazo se alongou.

Tavares atribuiu esse aumento à ``conjuntura extremamente favorável de 2006''. Ele destacou a liquidez do mercado internacional, a relativa estabilidade dos juros externos, a redução dos juros internos e a convergência dos índices de inflação.

No final do ano, 35,67 por cento da dívida tinha vencimento em 12 meses. Apesar de ainda elevado, o índice é o mais baixo desde dezembro de 2003 e representou uma queda de quase 6 pontos percentuais em relação ao indicador de dezembro de 2005. O PAF previa um intervalo de 31 por cento a 36 por cento.

O Tesouro divulga ainda nesta quarta-feira o plano de financiamento da dívida para 2007.

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